Encerrada esta etapa do julgamento do
“mensalão”, muitos dos que conheço e leio se colocaram decepcionados e traídos.
Eu não me senti traído porque para ser traído e necessário confiar.
Eu não me decepcionei, pois já conhecia as figuras desta história e não tinha
nenhuma expectativa.Claro que fiquei triste.Mas nenhuma atrocidade á lei foi cometida. Tínhamos onze ministros.Não foi um que refugou. Não foram seis.Foram onze ministros que debateram e fecharam
questão com o tema.Após a votação todos concordaram. Todos os “ONZE”. Todas as pessoas envolvidas não estão lá por acaso.Muitas delas foram eleitas ou nomeadas por eleitos
por nós.Se erramos temos que assumir que erramos. Temos que tentar consertar e o conserto pode ser
demorado ou rápido. Se quisermos “demorado”, na próxima eleição ou “rápido”
indo para as ruas agora.A minha dúvida é:
Será que
realmente queremos?Eu não me lembro de uma passeata “contra a corrupção”
que tenha tido mais que cinco milhões nas ruas, somos duzentos milhões.Alguns dirão:
A “máquina”
cuida para que os outros milhões não saibam, não se manifestem.
Bem, então
erramos novamente por não conseguir mostrar isto á eles.Não estou indignado porque os corruptos não
pagarão, mas estou indignado porque muitos bandidos, públicos ou não, não
pagarão. Muitos crimes que acontecem corriqueiramente não
serão punidos. Muitos crimes que nós mesmos cometemos não serão
punidos. Estou indignado porque não nos convencemos que
fazer o correto,
apesar de mais
difícil,
apesar de mais
caro,
apesar de todos
os pesares,
é o que
deveríamos fazer,o correto.