Recentemente foi baixada uma portaria da ANS (Agência
Nacional de Saúde) que aumenta a quantidade de semanas, para 39, na escolha de cesariana. Sendo assim, o médico e a mãe precisam assinar um “de acordo”
para que aconteça antes desse prazo. Mas por que essa preferência por cesárea ao parto normal? Simples. Totalmente comercial. Em um parto programado, a mãe chega ao hospital com conforto
e sem a correria de uma “bolsa rompida”. O médico resolve o parto em 25 á 30
minutos e parte para o próximo. Pode fazer até dez partos em um único dia, enquanto
se depender da natureza poderá ser um único. Mas o custo fica somente para o hospital. E a recuperação,
para a mãe, claro. Não adiantará portaria ou lei para mudar isso. Uma boa tentativa seria os hospitais apurarem esse custo e
dividir com o médico. Grande incentivo. Em um parto normal a mãe fica, em média, um dia no hospital,
e na cesárea, três. E se esses prováveis dois dias fossem rachados com o médico? O hospital ganha, o médico ganha e a mãe ganha. Para um hospital público, quanto menor tempo de internação,
maior será o a quantidade de atendimentos, menor o custo e maior a
rentabilidade. É tudo uma questão comercial, a saúde também ganhará, apesar
de ser uma razão secundária.