No Capítulo
anterior...
Entramos e fomos para o sexto andar,
apartamento sessenta e oito.
O garoto me mostrou o apartamento com um
quarto, banheiro, cozinha e sala. Tudo muito bem mobiliado.
A geladeira estava abastecida com
frutas, água, queijo e cerveja.
Na saída dei um trocado para o garoto e
imediatamente coloquei a roupa do MEIOPARDO.
Fiz o movimento com a perna e em alguns
segundos percebi que nada aconteceu.
Fiquei preocupado.
Mas a preocupação cessou rapidamente, pois
percebi que estava funcionando.
- Consegue me ouvir, base? Perguntei
para ninguém.
- Base? Esta me ouvindo?
- Base? Base?
Continuação...
- Sim estamos. Deri. Deri. Pare de falar
e ouça. A voz de Fernanda estava diferente, parecia ter eco.
- Devido à distância e a comunicação via
satélite temos um DELAY de sete segundos, somados á isto a volta. O final de
sua pergunta pode chegar á quatorze segundos do começo da resposta. Entendido.
Finalizou Fernanda.
- Entendido. Estava tudo explicado. Eu
só precisaria me adaptar àquela lentidão.
De resto parecia tudo funcionar bem.
Como era final de tarde e logo mais estaria rondando a região, resolvi tomar um
banho, pois fazia calor, muito calor.
Dobrei a roupa do MEIPARDO e coloquei na
geladeira. Não sei de onde tirei essa ideia, mas parecia legal colocar uma
roupa gelada naquele calor.
A noite caiu. Mas o calor não deu
tréguas.
Eu já tinha na mente os lugares que
deveria ir, pois com o mapa na mão toda a viagem de avião, já tinha uma imagem
fotográfica da região.
Peguei a roupa da geladeira e á vesti.
Ficou muito bom, fresquinha.
Desci pelas escadas e já no térreo pulei
uma janela basculante que percebi ficar sempre aberta.
Sai do prédio e segui para a Boulevard
Liberación até a rua de acesso á Calzada Mateio Flores, caminhei até bem perto
da Igreja San Jose del Buen Consejo.
Uma pensão com um corredor comprido era
o meu destino. Entrei no corredor e a cada porta dizia o número e deixava o meu
ouvido trabalhar.
Ao chegar ao último voltei para o
primeiro e fiz minha primeira pergunta:
- O que temos? Segundos que pareciam
eternidades se passaram até que veio a resposta.
- Seis, oito e onze vazios.
- Dois, três e sete, programa infantil
na tv.
- Um, quatro, cinco, nove e dez
possíveis. Passe novamente.
Repeti o procedimento para este cinco
quartos e desta vez procurei por frestas que pudesse ser observado o interior.
- Então?
- Um e nove, homens.
Neste momento ouvi uma das portas sendo
destrancadas e antes da chave dar uma volta inteira eu já estava sobre uma laje
vizinha que dava plena visão do corredor.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
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