No Capítulo
anterior...
Quis o destino assim. Imaginei.
Deixei o barraco e voltei pelas vielas
que cheguei.
A Blackbird estava me esperando.
Liguei e saí em disparada.
No caminho de volta recebi o chamado de
Rosa e a imagem retornara em minha mente.
- Tem uma mulher no aeroporto e está
retirando a encomenda.
- Ok, entendido.
Apesar de estar na ZL, próximo ao
aeroporto, sei qual será o destino. Respondi á Rosa.
- Prefiro esperar lá no Morumbi. Estou
seguindo para lá.
E foi o que fiz.
Continuação...
A Blackbird voou pelas Avenidas
Aricanduva, Alcântara Machado, Radial e Vinte e três de Maio.
Os radares fotográficos do caminho devem
ter registrado uma série formidável de minha passagem.
Em minutos estava no Morumbi.
Deixei a Blackbird á alguns quarteirões
da casa de Márcio Nonato. Caminhei rapidamente e percebi que o poste que fica
na frente da casa não seria o melhor lugar, pois durante o dia eu fico muito
visível nele.
Encontrei outro que fica entre árvores,
ideal para camuflagem diurna.
Observei que a movimentação na casa
ainda era tranquila. Dois seguranças no quintal e nenhum movimento aparente no
interior.
A pick-up continua lá, coberta e imóvel.
Demorou quase uma hora para uma RAV4, da
Toyota, encostar-se à frente do portão. Do carro saiu uma garota carregando
pastas, bolsa, sacola e uma caixa recém-retirada no aeroporto.
A moça era meio atrapalhada e com todas
aquelas coisas para carregar e ainda por cima tinha que segurar a chave para
fechar o carro...
Ela não dominava muito á “logica” ou
tinha algum tipo de dislexia. Por fim colocou a caixa sobre o teto do carro e a
sacola no capô da frente. Apontou a chave para o carro, com coisa que fizesse alguma
diferença, e apertou o botão de travar.
O carro piscou as lanternas confirmando
o travamento e ela soltou um desabafo.
- Viu!
Ela pegou a sacola que colocou sobre o
capô e foi para o portão apertando o botão do interfone.
Eu ouvi quando ela falou seu nome para
alguém que atendeu internamente.
- Ivone Stepansil.
O portão imediatamente destravou. Ela o
empurrou e entrou, fechando em seguida.
Em um salto eu estava ao lado do carro,
com a caixa nas mãos. Ivone esquecera sobre o teto.
- Rosa fotografe isto. Falei enquanto
olhava o remetente na caixa.
O nome era Sheyla Guaba e vinha da
cidade da Guatemala.
Percebi um barulho no portão e
imediatamente recoloquei a caixa sobre o teto do carro e saltei para o poste.
Ivone que havia esquecido a caixa voltou
para busca-la.
Ivone entrara no interior da casa e nada
aconteceu durante as próximas duas horas, quando ela saiu da casa entrou em seu
carro e foi embora.
Percebi que nada aconteceria naquele dia
e fui embora também.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
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