No Capítulo
anterior...
Parei em frente ao prédio do consultório
da Dra. Márcia, pois ali era permitido estacionar motos e subi para o oitavo
andar.
Já no andar, ao abrir a porta do elevador
o atencioso Salvador Rabelo se aproximou.
- Quiriduuu, não vou dizer que é
surpresa porque a Elen já me telefonou, você tem algo para mim?
Levantei a sacola com o dossiê.
- Tenho sim Rabelo, esta sacol...
- Não se mexa. Não se mexa, eu não posso
receber isto, espere aqui, não se mexa... De costas se afastou até uma pequena
porta de armário.
Voltou com uma sacola de papel da
M.Officer.
- Ponha isso aqui dentro. Disse abrindo
a sua sacola.
Continuação...
- Parece que essa sua sacola passou na
boca da vaca. Está suja e amassada.
Ri da situação e não via a hora de
contar para Fernanda, mas realmente, a sacola, estava muito amassada.
A cena foi interrompida pela Dra. Márcia
que saía de sua sala.
- Rabelo, houve algum encaixe no horário
de Sabrina? Deri. Você veio nos visitar?
- Foi só uma passagem, mas já estou de saída.
Eu respondi ao lhe cumprimentar.
Márcia olhou para Rabelo aguardando uma
resposta.
- Não, o horário está vago.
- Então, Deri, se não tiver algo
inadiável, podemos conversar. Márcia pegou minha mão antes mesmo que pudesse
responder e me conduziu á sua sala.
Já em sua sala, naquele enorme e confortável
sofá, Márcia começou a falar.
- Depois de suas inovações você não voltou
mais... Encontrou as suas respostas?
- Sim, a maioria delas. Ás que ainda não
obtive é questão de ordenação, como você mesmo me disse.
- Ótimo. Muito bom mesmo. Você tem
outras inovações em breve, está receoso, ansioso ou algo assim?
- Não. Por enquanto não. Ainda está um
pouco longe. Mais de seis meses, então não me preocupo com isto agora.
Nossa conversa na verdade foi uma sessão
completa de uma hora, mas não fiquei constrangido por isso e eu respondi tudo
que foi perguntado.
Terminamos á sessão e saí para o
elevado.
Rabelo não estava na recepção quando
sai, mas ao fechar a porta do elevador, comigo dentro, o avistei em um canto da
sala. Estava me dando tchauzinho com as pontas dos dedos e um sorriso nos
lábios.
De lá voltei para casa, almocei um
delicioso omelete de gorgonzola que eu mesmo preparei e decidi fazer algo
diferente.
Algo muito diferente
Decidi testar a popularidade do MEIOPARDO.
Sim, á luz do dia.
Estava sem seguranças, por que não?
Vesti a roupa, mas sem a cabeça. Fiquei
muito parecido com um motociclista em macacão de couro, não chamaria muito a
atenção.
Fui até a base e á uns vinte metros de
lá estacionei a moto e comecei á andar na calçada.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
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