07/06/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 140

No Capítulo anterior...

Sai e somente retornei no início da noite.
Estava com um colega ao telefone quando Rosa saiu do quarto e acenou com a mão.
Ela foi até a cozinha, pegou um copo com água e com ele na mão sentou-se ao sofá.
Agora eu reparava que o meu pijama era quase duas vezes o tamanho de Rosa, mas serviu para o fim destinado.
Terminei minha conversa ao telefone.
- Dormiu bem? Está com fome? Perguntei para despertá-la do quase transe do sono que ainda continha.
- Estou bem, se é que posso dizer isto. Eu briguei com meu irmão ao qual amo demais. Lágrimas despontaram em seus olhos e correram por toda a extensão de seu rosto.
Sentei-me ao seu lado e peguei sua mão.

Continuação...

- Seu irmão te ama muito também e discussão ás vezes faz bem, basta escutar e argumentar corretamente. O que não pode é abandonar a conversa e sair de casa. Volte lá e termine a conversa. Aposto como ele só quer o seu bem.
- Nós já enfrentamos muitas coisas, nós já lutamos bastante e ás vezes eu preciso desabafar, ás vezes eu preciso fugir.
Ela estava se defendendo de algo que eu não a acusara, mas já que foi para este lado resolvi fazer a defesa de Vtec.
- Seu irmão está preocupado com essas porcarias que você anda usando. Que alívio você acha que isto vai lhe trazer. Alguns minutos de prazer? Só isto que precisa?
- Você não entende pelo que passamos? Ela argumentou.
- É verdade não entendo pelo que vocês passaram como não entendo pelo que você quer passar. O risco que você corre é infinitamente maior que o prazer passageiro que você sente com esta porcaria.
E continuei.
- Sim vocês foram fortes, vocês passaram muitas necessidades e barreiras, pelo pouco que sei, mas agora que isso passou você acha certo abandonar? Você acha certo fugir por uma mísera grama de cocaína?
- Mas foi isto, uma mísera grama. Rosa falou sob soluços.
- O perigo não está na quantidade ou no tipo de droga que usa. Está no meio. Está com quem consegue.
- A violência que rodeia isto é sem controle, é sem limites e a preocupação de Vtec é esta.
- Você que sempre cuidou dele e ele que sempre cuidou de você têm em comum esta possível perda. Por isto a briga, por isto esta fragilidade.
- A nossa instituição está crescendo e eu vou precisar muito de sua ajuda. Posso contar com você? Falei olhando em seus olhos enquanto levantava seu rosto, com meus dedos em sei queixo.
Rosa assentiu com a cabeça.
- Eu não ouvi. Posso contar com você? Insisti.
- Sim. Eu não farei mais isto. Confirmou.
- Muito bem. Suas roupas foram lavadas e já estão secas. Vista-se que eu vou leva-la. Você ficou ridícula no meu pijama. Rimos enquanto ela abanava os braços com as mãos escondidas nas longas mangas.
Nós nos abraçamos e ela foi para o quarto se vestir.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”

Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

1 comentários:

Gostei....pena que são tão curtos os capítulos...sempre fica um gostinho de quero mais...