No Capítulo
anterior...
Sai e somente retornei no início da
noite.
Estava com um colega ao telefone quando
Rosa saiu do quarto e acenou com a mão.
Ela foi até a cozinha, pegou um copo com
água e com ele na mão sentou-se ao sofá.
Agora eu reparava que o meu pijama era
quase duas vezes o tamanho de Rosa, mas serviu para o fim destinado.
Terminei minha conversa ao telefone.
- Dormiu bem? Está com fome? Perguntei
para despertá-la do quase transe do sono que ainda continha.
- Estou bem, se é que posso dizer isto.
Eu briguei com meu irmão ao qual amo demais. Lágrimas despontaram em seus olhos
e correram por toda a extensão de seu rosto.
Sentei-me ao seu lado e peguei sua mão.
Continuação...
- Seu irmão te ama muito também e discussão
ás vezes faz bem, basta escutar e argumentar corretamente. O que não pode é
abandonar a conversa e sair de casa. Volte lá e termine a conversa. Aposto como
ele só quer o seu bem.
- Nós já enfrentamos muitas coisas, nós
já lutamos bastante e ás vezes eu preciso desabafar, ás vezes eu preciso fugir.
Ela estava se defendendo de algo que eu
não a acusara, mas já que foi para este lado resolvi fazer a defesa de Vtec.
- Seu irmão está preocupado com essas
porcarias que você anda usando. Que alívio você acha que isto vai lhe trazer.
Alguns minutos de prazer? Só isto que precisa?
- Você não entende pelo que passamos?
Ela argumentou.
- É verdade não entendo pelo que vocês
passaram como não entendo pelo que você quer passar. O risco que você corre é
infinitamente maior que o prazer passageiro que você sente com esta porcaria.
E continuei.
- Sim vocês foram fortes, vocês passaram
muitas necessidades e barreiras, pelo pouco que sei, mas agora que isso passou
você acha certo abandonar? Você acha certo fugir por uma mísera grama de
cocaína?
- Mas foi isto, uma mísera grama. Rosa
falou sob soluços.
- O perigo não está na quantidade ou no
tipo de droga que usa. Está no meio. Está com quem consegue.
- A violência que rodeia isto é sem
controle, é sem limites e a preocupação de Vtec é esta.
- Você que sempre cuidou dele e ele que
sempre cuidou de você têm em comum esta possível perda. Por isto a briga, por
isto esta fragilidade.
- A nossa instituição está crescendo e
eu vou precisar muito de sua ajuda. Posso contar com você? Falei olhando em
seus olhos enquanto levantava seu rosto, com meus dedos em sei queixo.
Rosa assentiu com a cabeça.
- Eu não ouvi. Posso contar com você?
Insisti.
- Sim. Eu não farei mais isto.
Confirmou.
- Muito bem. Suas roupas foram lavadas e
já estão secas. Vista-se que eu vou leva-la. Você ficou ridícula no meu pijama.
Rimos enquanto ela abanava os braços com as mãos escondidas nas longas mangas.
Nós nos abraçamos e ela foi para o
quarto se vestir.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
1 comentários:
Gostei....pena que são tão curtos os capítulos...sempre fica um gostinho de quero mais...
Postar um comentário