No Capítulo
anterior...
Elen cobrou pressa.
- Você tem lido jornal? Esse cara que apareceu aí? O
MEIOPARDO?
- Vai dizer que quer trazer esse maluco para cá
também?
Elen riu ao dizer isso.
- Não. Quer dizer sim. Esse maluco sou eu. E está
rolando algo sério, uma história de bomba que não está sendo muito divulgado
e... Fui interrompido por Elen.
- O quê? Você esta colocando o meu projeto, o
projeto de milhões de dólares em risco por uma coisa que você não tem nada a
ver. Isso é coisa de segurança. É coisa de polícia.
Elen realmente ficou irritada.
Continuação...
- Você não entende. Eu tomo todo o cuidado. E é essa
a parceria que quero. Apenas a compatibilidade com os tempos. A minha presença
aqui para estes testes é inútil e acabei de mostrar para você.
Eu dei a cartada final.
- Veja por este lado. Você não tem como me impedir.
Não tem como me vigiar e eu já provei isto também. Eu quero que você fique por
dentro do que estou fazendo eu cuido do seu equipamento. Melhor ainda. Eu o
aprimoro, o testo de verdade. Eu indico as correções. Que tal? Vamos trabalhar
de verdade ou vamos brincar de bonequinho Pinóquio?
Eu não tinha mais segredos com Elen.
- É muito arriscado. Elen estava insegura.
- É no risco que evoluímos. Que evolução você viu
depois que voltei de Boston? Nos últimos dois meses uma única pessoa, sem
recurso algum implementou: visão noturna, audição com eco localização,
prognóstico de movimentos entre outras coisas. Imagine se trabalharmos juntos?
Os olhos de Elen estavam brilhando.
- Eu estou em uma investigação onde terei que me
dedicar e não sei se daqui á seis meses terá sido resolvido. Eu só quero uma
adequação de agenda. A contra partida é toda sua. Então será minha parceira?
Eu queria arrancar aquele "sim".
- Ainda acho muito arriscado. Esse projeto é a minha
vida.
Vi seus medos em seus olhos.
- Vamos fazer como fazem comigo. Uma adaptação. Aos
poucos você se acostumará, eu prometo.
Eu teria um trabalho adicional para convencê-la, mas
valeria a pena.
- Quarta-feira em casa eu mostro minhas habilidades
e brinquedos. Topa?
Eu pensei em animá-la desviando das preocupações.
- Tudo bem, quarta vou te visitar.
Eu acho que ganhei o primeiro round, mas sei que
ainda não ganhei a luta.
Um ponto de cada vez.
Na manhã seguinte fiz questão de levar Vtec á POLI.
Não estava tão quente, mas na sala da Amanda, ele
parecia estar em uma sauna. Suava em bicas.
Por mais que tentasse, não conseguia acalma-lo. A
Elen iria trucida-lo.
Quarenta minutos de espera e a chefa chegou.
Elen entrou na sala e eu entrei atrás dela.
- Elen, esse é o cara de quem eu falei. Ele é bem do
tipo que vocês têm aqui. CDF e calado. Não faça perguntinha fácil que ele não
responde.
Eu realmente não sabia o que falar á ela. O efeito
maior que eu queria é mostrar á Vtec que estava falando com ela antes.
- Amanda, chame José Reginaldo agora.
Elen falou ao interfone.
- Se não tem mais a falar pode sair e mande seu
amigo entrar. Bom dia.
Elen foi um poço de delicadeza como sempre.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
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