28/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 131


No Capítulo anterior...

Elen cobrou pressa.
- Você tem lido jornal? Esse cara que apareceu aí? O MEIOPARDO?
- Vai dizer que quer trazer esse maluco para cá também?
Elen riu ao dizer isso.
- Não. Quer dizer sim. Esse maluco sou eu. E está rolando algo sério, uma história de bomba que não está sendo muito divulgado e... Fui interrompido por Elen.
- O quê? Você esta colocando o meu projeto, o projeto de milhões de dólares em risco por uma coisa que você não tem nada a ver. Isso é coisa de segurança. É coisa de polícia.
Elen realmente ficou irritada.

Continuação...

- Você não entende. Eu tomo todo o cuidado. E é essa a parceria que quero. Apenas a compatibilidade com os tempos. A minha presença aqui para estes testes é inútil e acabei de mostrar para você.
Eu dei a cartada final.
- Veja por este lado. Você não tem como me impedir. Não tem como me vigiar e eu já provei isto também. Eu quero que você fique por dentro do que estou fazendo eu cuido do seu equipamento. Melhor ainda. Eu o aprimoro, o testo de verdade. Eu indico as correções. Que tal? Vamos trabalhar de verdade ou vamos brincar de bonequinho Pinóquio?
Eu não tinha mais segredos com Elen.
- É muito arriscado. Elen estava insegura.
- É no risco que evoluímos. Que evolução você viu depois que voltei de Boston? Nos últimos dois meses uma única pessoa, sem recurso algum implementou: visão noturna, audição com eco localização, prognóstico de movimentos entre outras coisas. Imagine se trabalharmos juntos?
Os olhos de Elen estavam brilhando.
- Eu estou em uma investigação onde terei que me dedicar e não sei se daqui á seis meses terá sido resolvido. Eu só quero uma adequação de agenda. A contra partida é toda sua. Então será minha parceira?
Eu queria arrancar aquele "sim".
- Ainda acho muito arriscado. Esse projeto é a minha vida.
Vi seus medos em seus olhos.
- Vamos fazer como fazem comigo. Uma adaptação. Aos poucos você se acostumará, eu prometo.
Eu teria um trabalho adicional para convencê-la, mas valeria a pena.
- Quarta-feira em casa eu mostro minhas habilidades e brinquedos. Topa?
Eu pensei em animá-la desviando das preocupações.
- Tudo bem, quarta vou te visitar.
Eu acho que ganhei o primeiro round, mas sei que ainda não ganhei a luta.
Um ponto de cada vez.
Na manhã seguinte fiz questão de levar Vtec á POLI.
Não estava tão quente, mas na sala da Amanda, ele parecia estar em uma sauna. Suava em bicas.
Por mais que tentasse, não conseguia acalma-lo. A Elen iria trucida-lo.
Quarenta minutos de espera e a chefa chegou.
Elen entrou na sala e eu entrei atrás dela.
- Elen, esse é o cara de quem eu falei. Ele é bem do tipo que vocês têm aqui. CDF e calado. Não faça perguntinha fácil que ele não responde.
Eu realmente não sabia o que falar á ela. O efeito maior que eu queria é mostrar á Vtec que estava falando com ela antes.
- Amanda, chame José Reginaldo agora.
Elen falou ao interfone.
- Se não tem mais a falar pode sair e mande seu amigo entrar. Bom dia.
Elen foi um poço de delicadeza como sempre.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

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