23/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 127


No Capítulo anterior...

- Ele zerou na redação. Ela deu o veredito.
- Ãnnn?!? Só consegui emitir esse som.
- Ele prestou vestibular para a POLI, sempre foi o sonho dele, mas ele zerou na redação. Ele não consegue escrever. Ele não sabe se expressar. Confirmou Rosa.
- Mas alguém deve ter visto a prova dele. Ele deve ter ido bem nos resto, não? Ninguém falou com ele? Eu estava inconformado.
- Á sim. Ele foi nota dez em todas as matérias, acho que esse foi o problema. Ninguém vai “tão bem em todas as matérias”, então o acusaram de “cola”, de trapaça e foi chamado para uma entrevista. Ele não se expressa com pessoas, não se expressa no papel e sob acusação e pressão, ai sim. Não se defendeu e foi sumariamente cortado. Rosa foi muito clara na explicação.
Ficamos por mais de duas horas conversando e eu aprendi muito sobre aquela minha equipe. Tive muita raiva pelo que passaram, mas ao mesmo tempo muito orgulho. Eram vencedores, apesar de tudo.

Continuação...

Dei orientações á Vtec para leva a Blackbird para o Bene. Ele deveria abaixa-la quatro centímetros e fazer uma proteção extra no quadro detalhei para Vtec e Rosa aproveitou para fazer algumas alterações também. Como engenheira naval tinha muito conhecimento de hidro e aerodinâmica.
Eu me despedi de todos e fui para casa.
Antes de dormir decidi enviar um Correio eletrônico para o jornalista Luiz Nobrega Prymo.
O título foi:
“O QUE ACONTECERIA SE FORMASSEM UMA PARCERIA?”
Em anexo eu enviei os históricos de Sheyla Castro, Arthur Derinarde, Marcio Nonato e Alexsandro Vieira.
Eu abri uma conta em um provedor externo com o nome “Amigo do MEIO” e assinei assim.
No dia seguinte, na quadra da POLI, enquanto fazia meus exercícios e testes, fui informado que Elen queria me ver.
Terminei a segunda sequencia dos testes e fui para o segundo andar. Chegando á antessala eu não vi Amanda de Paula e fui direto para a porta da sala de Elen.
Dei duas batidas na porta e entrei.
A sala estava vazia.
Voltei e na dúvida se esperava ou ia embora, a porta se abriu e Amanda entrou.
Ela se assustou ao me encontrar.
- Onde está Elen? Perguntei antes mesmo de Amanda tomar folego.
- Estão todos no auditório e é para você ir para lá também. Amanda respondeu ofegante.
- Se estão no auditório, é para o auditório que irei. Respondi e saí para o destino.
Entrando no auditório, quase lotado, inúmeros colegas se adiantava para me cumprimentar.
Abraços, apertos de mão, tapinha nas costas, desarrumação no cabelo, e estas coisas de cumprimento.
Elen, de cima do palco não tirava os olhos de mim e fazia gestos para que me apressasse.
Subi ao palco em meio ao furor da plateia. Aplausos, hip hip hurra, bravo eram declamados.
Não era meu aniversário e eu queria muito entender tudo aquilo.
- Oi Elen. Festinha surpresa? Falei para atenuar a feições sérias e zangadas de Elen.
- Por que demorou? Quando eu chamar venha imediatamente.
Outra repreensão.
- E você acha que eu chegaria antes de todo mundo e perderia isso? Apontei para a plateia.
De posse do microfone, imediatamente Elen quase que ordenou.
- Silêncio. Silêncio. Estamos atrasados. Vou pedir pela última vez, Silêncio.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

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