No Capítulo
anterior...
O Jet estava do jeito que Adilson havia falado.
Acorrentado quase dentro da água. Encostei a Blackbird em um local de pouca
visibilidade para quem por ali passasse e passei por um pequeno portão de tela,
cuja chave fornecida por Adilson, entrou perfeitamente em sua fechadura.
Soltei o cadeado e corrente do Jet e sem muito
esforço escorregou para a água.
Subi e liguei. Silencioso.
Vagarosamente comecei a descer o canal para os
pontos que havia vislumbrado no mapa da loja do Adilson.
O primeiro ponto localizado não era bem o que eu
esperava então fui para o próximo.
Perfeito.
Continuação...
Manobrei o Jet de maneira que fiquei de frente para
a doca dezenove, ligeiramente á esquerda.
A doca dezenove estava realmente fechada e faixas
plásticas de cor laranja e luminosas indicavam isto.
Não eram nem oito horas ainda, tinha muito á
esperar.
Alguns barcos passaram pelo canal, entre meu local
de tocaia e a doca dezenove e a cada passagem, ondas se formavam fazendo com
que o já monótono e tornasse ainda mais.
Aquele som de agua batendo na lateral do Jet daquela
marola que sobrava da passagem dos barcos dava uma moleza, uma soneira de dar
inveja á qualquer bom colchão.
Más eu me mantive firme.
Passava das onze horas, horário anunciado por Marcio
Nonato, quando algum movimento começou na doca, á minha frente.
Primeiro chegou um cara, como quem nada quer.
Olhou para um lado, olhou para outro, viu o
movimento no canal, quase nenhum.
Acendeu um cigarro fumou-o até o fim. Jogou o toco
na água e se retirou.
Em menos de dez minutos voltou com outro comparsa,
mas desta vez, ambos estavam carregando armas e, não eram quaisquer armas. Eram
submetralhadoras.
- Base, o que me diz dessas armas. Perguntei sabendo
que a resposta não seria das melhores, pelo menos para mim.
- São FAMAE SAF nove milímetros. Arma chilena de
pouco mais de três quilos com carregador de trinta cartuchos. São bem letais,
tome cuidado. Acrescentou Vtec.
Mais uns dez minutos e outros dois chegaram também
fortemente armados.
Um deles tinha um radio comunicador e após conversar
com os dois que chegaram antes, depois de inspecionar o local e o canal, falou
ao rádio.
- Todo biem, camino Libre. Câmbio. E desligou.
O som ao fundo trouxe um toc, toc, toc que foi
aumentando conforme o tempo passava.
Outros quatro se uniram ao grupo.
A movimentação de um carro chegando, mais atrás do
galpão, logo se mostrou o real início da atividade.
Marcio Nonato e outro que imaginei ser Alexsandro
Vieira, pela atitude, chegaram com mais seis seguranças igualmente armados.
Eu já contabilizava dez seguranças mais Marcio e
Alexsandro. A festa seria boa.
O toc, toc logo contornou a curva da entrada e se
mostrou um barco rebocador. Aqueles que puxam navios na entrada do cais.
Veio tranquilo, na mesma batida e encostou-se à doca
que até então estava interditada.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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