08/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 120


No Capítulo anterior...

O Jet estava do jeito que Adilson havia falado. Acorrentado quase dentro da água. Encostei a Blackbird em um local de pouca visibilidade para quem por ali passasse e passei por um pequeno portão de tela, cuja chave fornecida por Adilson, entrou perfeitamente em sua fechadura.
Soltei o cadeado e corrente do Jet e sem muito esforço escorregou para a água.
Subi e liguei. Silencioso.
Vagarosamente comecei a descer o canal para os pontos que havia vislumbrado no mapa da loja do Adilson.
O primeiro ponto localizado não era bem o que eu esperava então fui para o próximo.
Perfeito.

Continuação...

Manobrei o Jet de maneira que fiquei de frente para a doca dezenove, ligeiramente á esquerda.
A doca dezenove estava realmente fechada e faixas plásticas de cor laranja e luminosas indicavam isto.
Não eram nem oito horas ainda, tinha muito á esperar.
Alguns barcos passaram pelo canal, entre meu local de tocaia e a doca dezenove e a cada passagem, ondas se formavam fazendo com que o já monótono e tornasse ainda mais.
Aquele som de agua batendo na lateral do Jet daquela marola que sobrava da passagem dos barcos dava uma moleza, uma soneira de dar inveja á qualquer bom colchão.
Más eu me mantive firme.
Passava das onze horas, horário anunciado por Marcio Nonato, quando algum movimento começou na doca, á minha frente.
Primeiro chegou um cara, como quem nada quer.
Olhou para um lado, olhou para outro, viu o movimento no canal, quase nenhum.
Acendeu um cigarro fumou-o até o fim. Jogou o toco na água e se retirou.
Em menos de dez minutos voltou com outro comparsa, mas desta vez, ambos estavam carregando armas e, não eram quaisquer armas. Eram submetralhadoras.  
- Base, o que me diz dessas armas. Perguntei sabendo que a resposta não seria das melhores, pelo menos para mim.
- São FAMAE SAF nove milímetros. Arma chilena de pouco mais de três quilos com carregador de trinta cartuchos. São bem letais, tome cuidado. Acrescentou Vtec.
Mais uns dez minutos e outros dois chegaram também fortemente armados.
Um deles tinha um radio comunicador e após conversar com os dois que chegaram antes, depois de inspecionar o local e o canal, falou ao rádio.
- Todo biem, camino Libre. Câmbio. E desligou.
O som ao fundo trouxe um toc, toc, toc que foi aumentando conforme o tempo passava.
Outros quatro se uniram ao grupo.
A movimentação de um carro chegando, mais atrás do galpão, logo se mostrou o real início da atividade.
Marcio Nonato e outro que imaginei ser Alexsandro Vieira, pela atitude, chegaram com mais seis seguranças igualmente armados.
Eu já contabilizava dez seguranças mais Marcio e Alexsandro. A festa seria boa.
O toc, toc logo contornou a curva da entrada e se mostrou um barco rebocador. Aqueles que puxam navios na entrada do cais.
Veio tranquilo, na mesma batida e encostou-se à doca que até então estava interditada.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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