No Capítulo
anterior...
- Sem problema, é leve. Se não tiver pressa até uma
125cc leva bem.
- É um pouquinho maior, a minha... Fui interrompido
por Adilson.
- Estava pensando... Adilson mostrou-se prestativo.
- Eu tenho um depósito na beira d’água e posso
deixa-lo lá para você. Passo a corrente e te dou as chaves. Você o usa e
devolve no mesmo lugar. Assim ninguém esquenta com horário. O que você acha?
- Maravilha. Fique realmente feliz.
- Leve este selo junto com as chaves. O pessoal da
segurança já estará sabendo, mas se alguém perguntar mostre o selo. Boa sorte.
Continuação...
Moto e Jet arranjados, o plano começava a tomar
forma. Voltei para casa.
A repercussão da bomba no estádio, na mídia, foi
pequena, de bomba, virou ameaça de bomba e em dois dias ninguém falava mais no
assunto, porém na polícia militar e na polícia federal a coisa tomou o vulto
que merecia. Toda a inteligência foi disponibilizada para a tarefa e
acompanhamento. Até o exército estava de prontidão e colaborando, afinal era
terrorismo internacional.
Os aeroportos estavam agora com a presença de mais
homens, os portos tinha a presença da marinha mais atuante, as fronteira
terrestres eram mais bem vigiadas, mas essas coisas em qualquer lugar do mundo,
sempre tem um jeito de “fazer passar” e, em se tratando de Brasil, mais fácil
ainda.
Na noite seguinte pedi para Vtec buscar a moto que
já estaria pronta, conforme prometido por Bene.
E estava.
Vtec levou-a para a base e no quintal dos fundos da
casa, onde não levantariam olhares curiosos, Vtec tirou tudo que não seria
necessário para uma moto que pretendia ser anônima e sorrateira.
Vtec tirou placas e luzes sinalizadoras, farol e
frisos. Literalmente depenou a coitadinha. Era apenas o quadro, motor e as carenagens
protetoras que o Bene havia pintado de cores escuras e sem brilho.
Em um local de pouca luz ela jamais seria visto se
não se prestasse muita atenção.
Cobriu-a e livrou-se das sobras.
Na noite da fatídica quinta-feira, assim que o sol
se pôs e as primeiras sombras surgiram, MEIOPARDO surgiu também.
Rapidamente chequei á base e já sobre a parda
Blackbird dei a partida. Que som maravilhoso tem essa moto.
Agora sem um monte de apetrechos ela parecia menor e
provavelmente estaria mais leve.
Passei pelo estreito corredor onde as manoplas tinha
uma distância máxima de um centímetro de cada lado entre as paredes.
As ruas de acesso á rodovia dos Imigrantes passaram
rapidamente pelos pneus largos daquela máquina e ao acessar a rodovia a injeção
eletrônica só tinha um comando: abrir a passagem de combustível.
Em poucos segundos estava á trezentos quilômetros
por hora. Minha visão privilegiada incluindo o infravermelho se mostravam mais
eficientes que qualquer farol de xênon.
Foram apenas minutos para acabar a serra e já estava
na rodovia cônego Domênico Rangone que acessa o Guarujá.
Cheguei ao ponto onde estava o Jet e olhei o
cronômetro. Foram vinte minutos de São Paulo ao Guarujá. UAU!!
Lembrei que lá atrás, na estrada, algumas pessoas
estavam tentando entender o que foi aquilo que passou, tanto nos postos da
polícia rodoviária quanto nos pedágios.
O Jet estava do jeito que Adilson havia falado.
Acorrentado quase dentro da água. Encostei a Blackbird em um local de pouca
visibilidade para quem por ali passasse e passei por um pequeno portão de tela,
cuja chave fornecida por Adilson, entrou perfeitamente em sua fechadura.
Soltei o cadeado e corrente do Jet e sem muito
esforço escorregou para a água.
Subi e liguei. Silencioso.
Vagarosamente comecei a descer o canal para os
pontos que havia vislumbrado no mapa da loja do Adilson.
O primeiro ponto localizado não era bem o que eu
esperava então fui para o próximo.
Perfeito.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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