No Capítulo
anterior...
Avistei os
muros altos e com cerca elétrica, mas de fácil transposição para o MEIOPARDO.
Na área externa da casa nenhum som ou variação de temperatura que o
infravermelho pudesse detectar. Bom sinal. Saltei para o jardim e dei uma volta
completa na casa.
Tudo
fechado, mas com luzes internas acessas e som de televisão que somente
MEIOPARDO poderia captura naquela distância.
Uma pequena
escotilha no andar superior, providencial, serviria como entrada.
Saltei em
direção á escotilha e como um atleta de saltos em alturas, os movimentos do
corpo moldaram-se á estreita passagem.
Impressionante
as alterações que Vtec havia proporcionado com o novo software. Eu quase que
conseguia mudar a direção e velocidade de um salto. Coisa que com o sistema do
projeto jamais conseguiria. Era muito rígido.
Da mesma
forma que passei suavemente pela escotilha fiz um giro no ar caindo com os pés
no chão. Nesta posição os giro estabilizadores se encarregavam de me manter equilibrado
e em pé.
- Uau!
Falei baixinho impressionado com o que havia feito.
Continuação...
A saleta em
que me encontrava era pequena e baixa. Havia nela um sofá, uma escrivaninha e
uma TV. Era um pequeno escritório, mas pelo jeito não era ocupado á bastante
tempo.
Abri a
porta e comecei á busca.
Encontrei
ninguém no andar superior e fui para o térreo, de onde vinha o som da TV.
Do topo da
escada que saia de um corredor dos quartos e terminava no meio da sala avistei
um homem com grandes costeletas e um enorme bigode que, com o controle remoto
na mão, pulava de canal á canal em busca de noticias.
Na dúvida
se o homem me notaria ou não saltei para o andar onde ele se encontrava.
O homem
assustou com aquilo que veio em sua direção e cruzou os braços sobre a cabeça
em um reflexo para se proteger.
- Ai. O que
é isso? Madre de Deus. Dizia quase chorando.
Sentei-me
ao lado dele, mas tão junto que parecíamos siameses.
- Marcio
Nonato, como eu queria te conhecer. Falei de forma á intimidá-lo.
- Por
favor, senhor, Eu não fiz nada. Eu não sei nada. Por favor. O homem estava
realmente apavorado.
Decidi
explorar melhor a situação e joguei todos os verdes que tinha esperando uma boa
colheita.
- Quem não
sabe nada é um ex-presidente daqui. A Sheyla pediu para fazer uma visita á
você. Ela quer saber se você fez tudo como o combinado. Apertei-o um pouco mais
no sofá.
- Claro que
fiz. A polícia já está no estádio. Não sei por que essas porcarias de jornais
não falam nada. Já deveria ter um alvoroço. Mas eu fiz exatamente como
combinado, eu juro, eu fiz. Percebi que o sofá estava molhado sob Marcio, e não
era água limpa.
- E o
próximo encontro, você irá, não irá? Apertei-o novamente.
- Claro.
Sim, sim. É só ela ligar que irei.
- Só para
saber se você está colaborando direitinho, o que você vai fazer até lá? Desta
vez peguei um chumaço de pelos de seu grosso bigode e o puxei como se fosse
arranca-los se não ouvisse a resposta certa.
- Nada.
Quer dizer esta semana, nada. Semana que vem vou buscar uma carga com
Alexsandro Vieira, no porto de Santos. Só isso. Conforme ele falava eu puxava
um pouco mais o seu bigode.
- Que dia,
hora, detalhes.
- Quinta.
Quinta-feira, onze horas da noite, cais, doca dezenove.
- Esteja lá
então, senão eu volto para cobrar. Falei e soltei o bigode do infeliz.
Fui até a
porta da frente. Abri-a e sai. A porta era de vidro transparente. Virei para
Marcio que me olhava com os olhos esbugalhados de tão abertos, apontei para ele
e dei um salto para a rua esperando impressioná-lo ainda mais.
Achei
conveniente não visitar Alexsandro Vieira na mesma noite, pois Marcio Nonato
iria alertá-lo e de qualquer forma eu já tinha o próximo ponto de encontro.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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