26/04/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 110


No Capítulo anterior...

- Acho que está na hora de a gente tirar essa coisa de doméstico e partir para algo mais bem estruturado. Tenho uma verba muito boa para o que faço e não vejo problemas em aplicar isso em algo mais proveitoso. Diria até  um pouco mais profissional. Vamos alugar uma sala para fazer de base. Algo discreto e que possamos ter acesso vinte e quatro horas por dia.
- Vtec, vá à Santa Efigênia e compre o melhor equipamento que isto possa comprar. Disse enquanto preenchia um cheque.
- Fernanda, arrume uma sala como precisamos. MEIOPARDO já é uma instituição. Fazemos valer á pena.
- Vtec e Fernanda. Eu topo. Façam o que for preciso. Vamos fazer disto algo sério e profissional. Não esconderemos nada, nem fugiremos de nada. Claro preservando as integridades e o anonimato, pois nem todos aceitarão com harmonia.
- Á partir de agora, MEIOPARDO é uma instituição que as pessoas de boa fé necessitam. Oxalá eu possa ter discernimento do que é certo e do que é errado, porém, contra a violência, SEMPRE.

Continuação...


Conforme o tempo foi passando percebi que o emprenho de Fernanda e Vtec era muito grande.
Fernanda correu diversos imóveis até encontrar um que, para ela, seria “o melhor” para ser considerada “BASE”.
Era um sobradinho pequeno e muito simples em um bairro tranqüilo e muito residencial.
Este sobrado tem um quintal na frente e outro atrás e ainda tem dois corredores laterais, um de cada lado.
Tem um banheiro e dois quartos pequenos no andar superior, uma cozinha e sala, também pequenos no andar térreo ligados por um minúsculo corredor.
O que mais chamou a atenção de Fernanda foi o porão.
O porão ocupa a mesma área da sala e cozinha do térreo, porém em um único cômodo. O acesso ao porão é feito por uma porta horizontal, no chão ao lado do pequeno corredor que liga a sala á cozinha.
Por uma escada em caracol se faz a descida e subida do porão fazendo com que a porta seja uma diminuta tampa quadrada e lisa. Com um tapete de um metro por um metro esconde-se facilmente esta passagem. E assim foi feito.
Vtec foi inúmeras vezes á Rua Santa Efigênia, uma tradicional rua no centro de São Paulo especializada em eletro-eletrônicos. Dizem que o que não se encontra na Santa Efigênia, não se encontra no Brasil.
Vtec comprou três servidores e somando-se memória RAM e discos rígidos dos três seria possível montar uma empresa de médio tamanho, de processamento de dados, afora os acessórios e “apetrechos”. Em suma, Vtec encheu o ambiente do porão. Aquilo parecia um quartel general digno de qualquer agente secreto do cinema hollywoodiano.
Mobiliaram o sobrado com o que há de mais simples quanto a sofá e camas. Em suma: Deixaram a casa habitável.
Eu fiz a minha primeira visita em uma quarta-feira. Á noite, claro. E quem visitou foi MEIOPARDO, não o Deri.
Ao chegar no endereço fornecido pela dupla, achei que havia me enganado.
No quintal da frente há um pote de comida e água que pareciam esperar um cachorro chegar a qualquer momento.
Montes de fezes do animal estavam aqui e acolá. E pela aparência o animal deveria ser um búfalo, de tão grande os montes.
Fiquei sobre o poste da frente da casa um tempão e liguei do celular. Ao segundo toque desliguei e tornei a ligar e mais um toque. Este era o sinal combinado.
A luz do quintal da frente se apagou e a porta lateral abriu. Com isto tive certeza que o endereço estava correto.
Em um único salto desci na frente da porta lateral e entrei.
A porta se fechou á minhas costas. Era Fernanda que me recepcionava.
- Vocês não falaram nada que tinham cachorro. Foi a primeira pergunta que fiz á Fernanda.
- E não temos. Respondeu sem maiores explicações.
- Mas o que é isso ai na frente? Comida, fezes?

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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