No Capítulo
anterior...
- Diga,
diga. Quero ver. Pensei ter acabado com eles.
Vtec olhou
para os olhos de Fernanda.
Eu me
arrepiei todo e comecei a me arrepender do que acabara de dizer.
Fernanda
ainda com os olhos fixos nos olhos de Vtec pronunciou.
- A
criação.
Vtec virou
para mim e repetiu o que Fernanda acabara de dizer.
- A criação
de movimentos.
- Que porra
é essa Vtec?
- Fernanda?
Eu estava assustado.
Continuação...
Vtec
continuou.
- Todos os
seus movimentos são aplicados no modelo e catalogados. Você tem, hoje, seis mil
duzentos e cinquenta e oito movimentos catalogados. E você os consegue executar
a qualquer momento seguindo os mesmos padrões que foram registrados no modelo.
- Sim e
daí? Perguntei sem querer interromper Vtec.
- Fora
estes registrados, você não consegue executar outros.
Agora
interrompi.
- Conversa.
Eu executo qualquer coisa, faço qualquer movimento. Está tudo aqui na minha
cabeça e não num chip ou num modelo. Falei apontando para minha cabeça.
Fernanda
falou.
- Você
lembra da descida na favela. Quando acertou uma bacia?
E
continuou.
- Por que
não desviou um centímetro da bacia?
- Por que
não vi a bacia, oras bolas. Tentei minha defesa.
Então Vtec
começou a detalhar.
- Seus
sensores acusaram a bacia quatro segundos antes de atingir o solo.
- Os seus
olhos foram deslocados para ela vinte e dois centésimos após serem acusados.
- Você
precisaria de oito centésimos para mover o pé por dois centímetros.
- Sobraram
mais de três segundos e você não movimentou o pé porque não existia este
movimento no modelo.
Vtec estava
me massacrando com esta precisão. Se ao menos tivesse o LD ligado.
- Foi só um
exemplo.
E continuou
por quatro horas de algo muito técnico que o obrigou a repetir algumas vezes,
mas ao final, o resumo da ópera é que Vtec e Fernanda haviam escrito um
programa sobre o programa da POLI em que dava ao MEIOPARDO a habilidade de
criar movimentos e não só aplicar os catalogados no modelo.
Através do
deslocamento do centro de massa calculado no giro-estabilizador o impulso foi
aumentando para saltos, afinal a POLI
não sabia que eu saltava postes.
Ainda:
Interpretação dos sinais Infravermelhos, e de aproximação da visão; o
tratamento de filtro de imagens que eram necessários os computadores da base
fazerem eu faria em tempo real.
E mais:
Ondas sonoras de baixa frequência, aquela que cachorros ouvem também seriam
tratadas no chip; Através de um pequeno emissor destes sons fornecido pela
dupla, os sons de baixa frequência seriam capturados e eu utilizaria a eco
localização.
Eu estava
relutante á fazer tais alterações, pois não teria nenhuma estrutura de apoio
como a POLI fornece.
Seria um
tiro no escuro e eu estava literalmente “COM O CÚ NA MÃO”.
- Fernanda.
Eu acho o Vtec um gênio, mas ele é meio louco. Você é mais sensata. O quê eu
faço? Falei entregando meu destino nas mãos de minha amiga Fernanda.
- Deri.
Vtec é sim louco. Más se ele disser que faz, ele faz. Eu acompanhei todos os
testes no modelo e se existisse meio por cento de chance de dar problemas, eu
seria a primeira a falar.
- A
estrutura fornecida pela USP é fantástica e muito confiável. Outra coisa... Se
detectarmos algum problema no meio do caminho, coisa que acho difícil é só
desabilitar. O risco é muito pequeno.
Mulheres,
ah mulheres.
Elas têm o
dom do nos acolher e confortar.
Elas nos
convencem, nós homens, de que, até o inferno é um lugar aconchegante, se
quiserem.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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