No Capítulo
anterior...
- Eureca.
Esta palavra pronunciada por Vtec sempre me trazia alegria e conforto.
- O que foi base?
- Sabe
aqueles códigos estranhos que acompanhavam o sinal de sua visão que eu não
sabia o que era? Vtec estava entusiasmado e me preparei para uma aula inteira.
- Vtec,
agora nós não temos tempo para explicações. Posicione-me na situação. Fui
ríspido com meu amigo.
- Esta bem.
Homem amarrado e abaixado á quarenta ponto oito metros, nove horas. Três homens
de guarda.
- Uma arma
grande. Pode ser a FAL e três pistolas, um com uma e outro com duas.
- Você tem
quatro pontos de apoio para chegar lá, mas não tem como entrar a não ser por
cima.
- Base dê
as coordenadas na sequência e do ponto de vista de cada uma. Pedi e ouvi com
muita atenção.
Vtec
continuou com uma precisão que faria a diferença. Eu agiria no escuro.
Continuação...
- Doze
ponto quatro metros onze horas, dezesseis ponto um metros doze horas, seis
ponto nove metros sete horas, onze ponto sete metros duas horas.
- Ok
entendido. Tente identificar o tipo de material do telhado, acho que vou por
lá. Falei enquanto me posicionava.
- Hora do
ioiô. E saltei. Saltei exatamente como as coordenadas foram passadas e torcia
muito para não ter bacias no meu caminho. Elas já se mostraram bastantes
frustrantes por hoje.
No segundo
salto ouvi Fernanda em minha cabeça.
- Amianto.
Telha de amianto de três centímetros. Só com seu peso já quebram. Ripas as
sustentam por baixo.
A entrada
já estava decidida. Seria por cima.
- Posição
dos ocupantes em relação á quarta posição? Perguntei mas não acreditava que
haveria tempo para a resposta.
Após o
último salto e quando meus pés tocavam as telhas de amianto a voz de Vtec
ecoava em minha mente.
Não houve
tempo de pensar. Por reflexo ou quem sabe uma ligação direta do cérebro ás
pernas eu seguia as ordens sem ao menos ver o que acontecia.
- Duas
horas um metro e doze, seis horas três metros e trinta, oito horas dois metros
e dezoito. Realmente eu quase não ouvi as coordenadas, mas minhas pernas deram
golpes certeiros.
A título de
comparação, eu só me sairia melhor se Vtec tivesse um “joystick” nas mãos.
Os três
estavam golpeados e no chão.
Fui até a
vítima que embora amarrado e amordaçado visse tudo e não acreditava no que
tinha visto.
- Meu
trabalho acabou. Quando eu sair, grite o máximo que puder. A polícia está em
volta e logo o achará. OK? Ele assentiu com a cabeça.
Recolhi as
armas e as joguei por cima do telhado.
Eu
mentalizei a mesma rota de chegada e saltei.
Estava fora
da favela.
Do poste na
frente da entrada da favela a qual cheguei vi quando o Citröen cinza com a
palavra “Reportagem” na janela traseira chegou.
De máquina
fotográfica e bloquinho na mão Luiz Nobrega Prymo chegou.
Ele teria
algo mais á escrever sobre MEIOPARDO naquela noite.
Esperei
algum tempo e solicitei:
- Base como
estamos?
- A polícia
recuperou o sequestrado alguma droga e tudo está em ordem. Fernanda parecia
mais cansada que eu devido á pressão.
Eram quatro
horas da manhã e fui para casa.
Ao chegar a
casa vi que os seguranças estavam lá na frente e no sofá Waldir dormia todo
desajeitado.
Chamei-o
para a cama do quarto de hóspedes e dormindo mesmo desmoronou na cama.
Eu estava
ainda excitado pelo que ocorrera. Não só com o desfecho, mas “numa geral”, como
havia momentos antes respondido ao repórter Prymo.
Comecei a
achar, de verdade, que estava fazendo algo bom.
Não sabia
quanto tempo duraria, mas que era necessário e muito, muito gratificante.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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