No Capítulo
anterior...
Parece
irônico, mas quanto mais pobre determinado bairro, mais gente chega e sai nas
ruas.
Esta rua
era muito arborizada o que fazia com que ficasse mais escura.
Deri seguiu
em frente e Prymo não percebeu quando os seguranças passaram por ele seguindo
na mesma direção que Deri.
Deri
deveria ir até o Morumbi, comprar um refrigerante e voltar para casa. Minha
casa.
Desta
forma, o disfarce estaria completo.
Todos
veriam duas pessoas distintas, Deri ou Zé do MEIO e o MEIOPARDO.
Mal viraram
a esquina e MEIOPARDO estava ao lado da janela do motorista.
Prymo deu
um pulo no banco que estava.
Assustou.
Destrave a
porta do outro lado, ordenei.
Continuação...
Ao acionar
o botão de destravamento das portas eu já estava abrindo a porta do passageiro.
Isto eu fiz
para impressionar, mesmo.
Com um
salto preciso sai do lado do motorista, aterrissei do lado do passageiro em uma
fração de segundos.
Entrei no
carro e fechei a porta.
Luiz já de
bloquinho na mão e boca aberta não conseguia ao menos piscar. Estava
impressionado.
Como ele
nada falou, comecei eu, á falar:
- Meus
objetivos são trazer um pouco de tranquilidade onde eu possa estar presente.
Menos violência, menos impunidade.
- Minhas
habilidades físicas são as que menos importam e as únicas coisas que me
limitam. Considero minha maior habilidade o meu senso de justiça. Se a maioria
pensasse assim teríamos alguns milhões de heróis como eu.
- Em troca
eu quero apenas isto. Algo mais justo e menos violento. As pessoas precisam
acordar e ver que se todos se unirem e trabalharem juntos, tudo ficará melhor
para todos.
- Sei que a
parte mais difícil é trabalhar, mas é possível.
Terminei a
minha fala.
- E...
Prymo tentou falar, mas o interrompi.
- Hora das
fotos. Seja rápido. Ao dizer isto a porta do carro já estava aberta e eu fora
do carro.
Prymo
saltou com a máquina na mão. O flash me pegou no ar em direção ao poste e
percebi mais uns três disparados enquanto pulava para outro, e outro poste.
- Missão
cumprida. Comuniquei á base.
- Tem algo
acontecendo perto do aeroporto só que do outro lado de onde você está. É na
favela Alba. A polícia mandou até helicóptero para lá. Fernanda deu as
coordenadas e comecei á saltar nesta direção.
Em três
minutos estava em uma das entradas da favela. Seguindo na direção do
helicóptero da polícia parei na entrada e observei a movimentação.
Aguardei
mais alguns minutos e pelo que entendi na agitação dos policiais e mais o que
foi me foi passado pela base, havia ali um tiroteio que envolvia sequestro.
Em uma
favela, ou pelo menos nesta, não existe rede elétrica oficial, então não há
postes. O jeito seria ir pelo chão mesmo.
Do alto de
onde estava, atrás de uma viela, achei um bom ponto para pouso, então saltei.
Só não
contava com uma enorme bacia que estava no mesmo local que eu escolhera para
aterrissar.
PLAN, BRUM,
KLAPT, STRUNS...
Acho que se
eu quiser algum dia fazer barulho, não conseguirei atingir este nível.
Conforme
cheguei ao chão meu pé pegou a borda desta enorme bacia que ao girar e subir
pela ação da gangorra que se formou, atingiu um caixote de garrafas vazias que
devido ao impacto de baixo para cima também voou espalhando garrafas para cima
e para os lados.
Ao cair nos
telhados, ou espatifarem no chão, mais ou menos ao mesmo tempo o barulho se
amplificou. Afora algumas outras lata e coberturas metálicas encontradas pelo
caminho.
Parecia
comedia pastelão.
Refeito do
acidente que nada sofri, continuei pelos becos.
Como os
becos eram escuros, cheios de saliência e cantos, não foi difícil me esconder
quando passantes, morador ou policial, passavam correndo por mim.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
0 comentários:
Postar um comentário