No Capítulo
anterior...
- Meu nome
é Luiz Nobrega Prymo e escrevo para um grande jornal, se você me contar tudo
que vocês conversaram eu ponho seu nome no jornal e seus amigos lhe pedirão
autógrafos, o que você acha?
- Acho que
é a coisa mais babaca que um jornalista pode dizer.
Desta vez
ameacei me retirar e ele me agarrou pela manda da camisa.
- Não,
espere aí. Eu estava brincando. Eu quero muito saber quem é esse cara? Como ele
é? O que ele faz.
Sente aí.
Sentei-me e
começamos a conversar.
- Eu não
sei quem é o cara, mas sei que ele não voa como sua reportagem falou.
- O bandido
disse que ele voou e eu achei que venderia assim, e foi o que aconteceu. Como
você o conheceu?
Continuação...
- Em uma
noite que voltava para casa, eu vi um vulto na ponta de um poste. Ele salta de
poste em poste.
Fui
bruscamente interrompido pelo reporte.
- Escuta
aqui engraçadinho, estou fazendo um trabalho sério e não venha com essas
brincadeiras.
- É sério.
Ele tem uns dotes especiais. É capaz de dar saltos imensos, consegue correr
muito. Vamos fazer assim: Eu conto e você anota depois decida o que fazer. Quem
disse que ele voava foi você, não eu.
- Tá bom,
conta. Conta...
- Ele se
chama MEIOPARDO, pois consegue atingir metade da velocidade de um Guepardo,
salta muito alto, e tem uma pele especial que é muito resistente.
É lógico
que alguma coisa eu iria exagerar, sou humano.
- Ele é um
herói solitário e passa as noites vigiando a cidade.
- E disse
que os bandidos têm que o temer ou sua fúria virará contra eles.
Achei que
ficaria bonito isso publicado.
Em meio á
minhas explicações era interrompido por perguntas:
- Quantos
bandidos ele já matou?
- Isso ele
não disse, mas não acho que ele mate bandidos, ele os desarma.
- E você
sempre o encontra?
- Algumas
vezes, se você quer encontra-lo tem que andar nas madrugadas, olhando para o
topo dos postes.
Ficamos
quase três horas conversando e ao final me deu um cartão com seu endereço
eletrônico e uma câmera fotográfica.
- Olha,
fique com esta câmera e para cada foto que você me enviar e te pago mil reais.
- Outra
coisa, qual o seu nome para eu colocar como fonte?
Ele queria
fechar a entrevista para que pudesse sair na edição de amanhã pela manhã.
- Nome?
Não, nome não. Eu quero ficar anônimo. Não quero que ninguém peça meu autografo
como você insinuou no início.
- OK. Não
publico, mas me dê seu nome e telefone, para lhe encontrar e...
- Meu nome
é Zé e eu é que te procuro quando tiver algo a dizer ou a mostrar. Você nunca
me procura, feito?
- Está bem.
Mas Zé? Zé do “quê”? Precisa uma identificação e Zé não identifica ninguém.
Achei que
estava na hora de tirar uma da cara dele.
- Como não,
todos os meus amigos Zés eu seu quem são. Mas para você vai ser Zé do MEIO. E
só.
Falei já me
levantando.
- Zé do
MEIO, que MEIO?
- Ô
repórter burro. MEIOPARDO, Zé do MEIOPARDO, Zé do MEIO. Entendeu ou quer que
desenhe?
Ele anotou
no tablet dele “Zé do MEIO”, e quando retornou a visão para mim para perguntar
algo mais eu já havia me retirado da mesa, do café e da rua, pelo menos de sua
vista.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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