No Capítulo
anterior...
Abrimos a
sacola e começamos a ler juntos enquanto tomávamos o memorável café da manhã de
Aracy.
“POLICIA
INTRIGADA COM HOMEM QUE IMOBILIZOU BANDIDOS”;
“FANTASIADO
DESARMA, SOZINHO, MAIS DE DEZ BANDIDOS FORTEMENTE ARMADOS”;
“O INFERNO
DO LADO DA POLÍCIA?”;
“DEZENAS DE
POLICIAIS, DOZE BANDIDOS E UM FANTASIADO”;
As
reportagens faziam alusão á vingadores, justiceiro e até á extras terrestres.
Estava tudo muito divertido.
Uma das
reportagens era de um jornalista chamado Luiz Nobrega Prymo, que fizera com um
dos meliantes.
O chefe do
bando e mentor intelectual do assalto em depoimento á polícia disse:
“Um homem
grande e negro, com escamas macias em todo o corpo, com uma força e rapidez
descomunal, voo por todo o salão do banco e desaparecendo em pleno ar e
reaparecendo na frente do bandido armado com uma submetralhadora. Desarmou-o
como que tira um doce de uma criança. Identificou-se como MEIOPARDO, a nova
ordem da cidade de São Paulo.”
Eu já
ouvira este nome, Luiz Nobrega Prymo. Só não lembrava onde.
Continuação...
Terminado a
leitura dos jornais, nós nos despedimos e cada um seguiu o seu caminho.
O meu
claro, POLI.
Ao chegar á
USP decidi fazer uma visitinha á minha tutora.
Dois
andares acima e lá estava eu na antessala da Doutora.
Amanda de
Paula estava saindo da sala de Elen com uma enorme pasta e pela cara tinha
muito serviço á fazer.
- Bom dia
Amanda, A Nazi está te dando trabalho, é? Compre um “LEXOTAN”, e ponha meio
comprimido no café da manhã dela. Isso vai deixar VOCÊ mais relaxada.
Entrei na
sala de Elen, ainda observando o sorriso de Amanda.
- Bom dia
nobre senhora doutora superintendente Elen. Falei ao entrar, porém Elen nem
olhou para mim, continuo a teclar em seu computador.
Fui para o canto
mais afastado da sala onde ficava uma mesinha com café, chá, água e uns
biscoitinhos.
Servi-me de
um chá sentei no sofá e aguardei.
Elen
terminou seu texto e veio ao meu encontro.
- O que
você disse quando entrou? Elen falou enquanto se servida de água.
- Ãhn, eu?
Eu disse que você fica bem de cabelo curto.
- Mas eu
não tenho cabelo curto, aliás, nem as pontas do cabelo eu cortei.
- Então foi
do esmalte novo, por que mudou?
- Eu não
uso... Seu tonto. Elen ficou
decepcionada quando entendeu a brincadeira.
- Semana
que vem iremos para o Canada, ficaremos três dias na Universidade de Toronto.
Entregue seu passaporte para a Amanda. Elen anunciou e continuou.
- Estamos
firmando um convênio com eles e você fará uma apresentação.
- Eu
ficarei sentado em uma cadeira no palco, sem me mexer ou falar? Por que você
não leva um canário?
Ah, claro,
é capaz de o canário cantar. Fui muito irônico.
- Não,
desta vez você fará umas graças. Pedi para Cássia Raquel preparar um número
para você. Será uma apresentação em uma quadra. Vai saltar e correr. Essas
coisas.
- Por falar
em saltar e correr, você viu essa cara do jornal, parece que ele voa e desarmou
um monte de bandidos. Falei para chamar a atenção de Elen.
- Isso é
bobagem. Um bando de viciados que estavam sob efeito de algum alucinógeno. Até
eu dava conta deles. Elen falou desmerecendo a importância.
Agora fui
eu quem ficou decepcionado com a interpretação de Elen.
- Ah, tá.
Vou lá, então. Vou aprender a saltar e correr com a Cássia Raquel. Quem sabe
aprender a dar a patinha também. Tchau, hein. Saí da sala fazendo menção de dar
a patinha, até atravessar a porta.
Passando
pela antessala notei que Amanda estava no chão, de quatro, sob a mesa.
- Que foi
Amanda, você caiu? Perguntei e já me abaixei ao chão.
- Não, não
caí. Perdi meu brinco. Amanda falou levando a mão á orelha, agora nua.
- Me dá
dois minutos que eu acho para você. Levantei e saí correndo até a sala cofre.
Chegando lá
encontrei José Reginaldo e o grupo de teste.
- Liga ai
que preciso fazer uma coisa. Falei á José Reginaldo.
- Hoje você
vai...
- Liga aí,
liga aí, depois a gente conversa, é rapidinho, liga aí. Interrompi o que José
Reginaldo tentava falar e não parei enquanto ele não pegou o tablet.
- Volto já.
E saí em disparada ao encontro de Amanda.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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