No Capítulo
anterior...
- Só ver
como você é, como você está, o que você faz e o que você quer. Meus patrões
querem te oferecer algo e para isto precisam te conhecer. Só isto. Ela pareceu
e foi sincera.
- Justo.
Parece justo. Ao responder, uma simpática muito sorridente mulher encostou-se a
nossa mesa.
Não pude
deixar de notar que estava de avental e usava um chapeuzinho fofo.
- Boa
noite, meu nome é Adriana Mello. Sou a chef do Figueira. O que este casal lindo
e cheio de amor vai degustar nesta noite tão especial?
- Não...
Ameacei falar, mas Fernanda não deixou.
- Adoramos
o aplastado, mas vamos experimentar o caixote. Enquanto colocava sua mão sobre
a minha.
- Excelente
escolha. Vou aproveitar para colocar algo mais afrodisíaco no prato. O
sommelier já esta á caminho. E se retirou.
Continuação...
- Boa
noite, sou Giovana Baptistella, sommelier do Figueira e vi que esta sua linda
companheira esta bebendo algo sem álcool. Dsse uma elegante mulher com a carta
de bebidas na mão, e continuou.
- Falei com
a chef Adriana, e ela disse-me que escolheram um caixote. Têm alguma
preferencia para a bebida? Apresentou três cartas.
- Um
Arneis. Como alguém já disse hoje, “um pouco de álcool não faria mal”. Falou
Fernanda sem consultar as cartas ou a opinião da Sommelier.
- Excelente
escolha. Piedmont teve uma excelente safra em 1998 e temos alguns exemplares de
Roero Arneis. Um momento para trazermos da adega. Com licença. Disse Giovana se
retirando em seguida.
- Lugar
movimentado, este. Falei em tom irônico.
- As
pessoas aqui estão interessadas em lhe agradar da melhor maneira possível. É o
trabalho delas, garantir que tudo que você queira, eles poderão lhe atender.
Justificou Fernanda.
- Você não
gostaria de ter tudo que queira ao seu alcance? Fernanda estava voltando ao
trabalho.
- Sim
claro. E esta é a melhor parte. “querer ter”. Crianças mimadas que têm de tudo,
nunca estão satisfeitas, agora aquelas que têm vontade de ter, esperam um
tempão para conseguir, quando conseguem, valorizam ao máximo. Acho que estou
neste segundo grupo, desejando. Apenas desejando.
Estava
seguro de minha resposta.
- E você
acha que aqui você terá? Quando Fernanda perguntou isto tive certeza que era um
questionário.
A conversa
estava agradável e ambos estávamos descontraídos. Percebi que Eduardo Soares
acabara de chegar ao bar do restaurante.
A comida
foi servida e realmente estava fabulosa. O vinho então, nem se fale. Deuses
haviam tomado no Olimpo e as garrafas não consumidas devem ter sido negociadas
com um bom mercador que as trouxe para nós, os humanos.
Fernanda
muito empenhada em saber dos meus gostos e ambições e eu sem nenhum interesse
em escondê-los.
Passamos
quase três horas comendo, bebendo e conversando muito até a chegada da conta.
Foi
Fernanda quem pagou com um cartão dourado. Daqueles que você precisa muitos
voos de primeira classe para obtê-los.
Fomos em
direção á saída, ou melhor, ao Mustang.
De
passagem, fiz sinal para Eduardo de que tudo estava bem.
Entramos no
carrão e saímos.
Fernanda me
levou direto para casa e no caminho falamos de assuntos variados. Podia até
fazer parte do questionário dela, mas não era nada formal como antes.
Ficamos
ainda conversando mais meia hora, no carro, em frente de casa. Ela se recusara
a subir.
Nós nos
despedimos e “tudo” aquilo foi embora.
Aquela
noite MEIOPARDO não saiu e fiquei até tarde pensando em tudo que Fernanda havia
dito.
Na manhã
seguinte fui até a academia, treinei um pouco e fui direto para a POLI.
Fizemos
todos os testes programados e logo estava de volta.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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