20/03/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 078


No Capítulo anterior...

- Só ver como você é, como você está, o que você faz e o que você quer. Meus patrões querem te oferecer algo e para isto precisam te conhecer. Só isto. Ela pareceu e foi sincera.
- Justo. Parece justo. Ao responder, uma simpática muito sorridente mulher encostou-se a nossa mesa.
Não pude deixar de notar que estava de avental e usava um chapeuzinho fofo.
- Boa noite, meu nome é Adriana Mello. Sou a chef do Figueira. O que este casal lindo e cheio de amor vai degustar nesta noite tão especial?
- Não... Ameacei falar, mas Fernanda não deixou.
- Adoramos o aplastado, mas vamos experimentar o caixote. Enquanto colocava sua mão sobre a minha.
- Excelente escolha. Vou aproveitar para colocar algo mais afrodisíaco no prato. O sommelier já esta á caminho. E se retirou.

Continuação...

- Boa noite, sou Giovana Baptistella, sommelier do Figueira e vi que esta sua linda companheira esta bebendo algo sem álcool. Dsse uma elegante mulher com a carta de bebidas na mão, e continuou.
- Falei com a chef Adriana, e ela disse-me que escolheram um caixote. Têm alguma preferencia para a bebida? Apresentou três cartas.
- Um Arneis. Como alguém já disse hoje, “um pouco de álcool não faria mal”. Falou Fernanda sem consultar as cartas ou a opinião da Sommelier.
- Excelente escolha. Piedmont teve uma excelente safra em 1998 e temos alguns exemplares de Roero Arneis. Um momento para trazermos da adega. Com licença. Disse Giovana se retirando em seguida.
- Lugar movimentado, este. Falei em tom irônico.
- As pessoas aqui estão interessadas em lhe agradar da melhor maneira possível. É o trabalho delas, garantir que tudo que você queira, eles poderão lhe atender. Justificou Fernanda.
- Você não gostaria de ter tudo que queira ao seu alcance? Fernanda estava voltando ao trabalho.
- Sim claro. E esta é a melhor parte. “querer ter”. Crianças mimadas que têm de tudo, nunca estão satisfeitas, agora aquelas que têm vontade de ter, esperam um tempão para conseguir, quando conseguem, valorizam ao máximo. Acho que estou neste segundo grupo, desejando. Apenas desejando.
Estava seguro de minha resposta.
- E você acha que aqui você terá? Quando Fernanda perguntou isto tive certeza que era um questionário.
A conversa estava agradável e ambos estávamos descontraídos. Percebi que Eduardo Soares acabara de chegar ao bar do restaurante.
A comida foi servida e realmente estava fabulosa. O vinho então, nem se fale. Deuses haviam tomado no Olimpo e as garrafas não consumidas devem ter sido negociadas com um bom mercador que as trouxe para nós, os humanos.
Fernanda muito empenhada em saber dos meus gostos e ambições e eu sem nenhum interesse em escondê-los.
Passamos quase três horas comendo, bebendo e conversando muito até a chegada da conta.
Foi Fernanda quem pagou com um cartão dourado. Daqueles que você precisa muitos voos de primeira classe para obtê-los.
Fomos em direção á saída, ou melhor, ao Mustang.
De passagem, fiz sinal para Eduardo de que tudo estava bem.
Entramos no carrão e saímos.
Fernanda me levou direto para casa e no caminho falamos de assuntos variados. Podia até fazer parte do questionário dela, mas não era nada formal como antes.
Ficamos ainda conversando mais meia hora, no carro, em frente de casa. Ela se recusara a subir.
Nós nos despedimos e “tudo” aquilo foi embora.
Aquela noite MEIOPARDO não saiu e fiquei até tarde pensando em tudo que Fernanda havia dito.
Na manhã seguinte fui até a academia, treinei um pouco e fui direto para a POLI.
Fizemos todos os testes programados e logo estava de volta.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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