20/02/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 054


No Capítulo anterior...

Fizemos todo o trajeto de volta até a sala forte e lá voltei a ler os documentos sobre mim, quer dizer, sobre o projeto.
Passavam das onze horas da noite quando decidi ir para casa. Acenei para o pessoal que ainda estava na sala e sai.
Na porta meus fieis escudeiros me aguardavam. Claudia Regina caminhava ao meu lado enquanto Paulo Fernando ia á frente para pegar o carro.
Estava exausto. Aquela leitura toda me consumiu. Fomos para casa e logo dormi.

Continuação...

Na manhã seguinte acordei bem disposto e nem eram sete horas. Tomei o maravilhoso café da Aracy e fui para a academia.
Como sempre o sorriso de Gleide era algo agradável pela manhã. Fui direto para a esteira fazer um aquecimento.
Comecei com sete quilômetros por hora depois aumentei para doze. Em três minutos coloquei em dezoito. Já estava aquecido e resolvi testar a esteira. De verdade.
Aumentei para vinte quilômetros por hora e senti que meu corpo suportaria mais, muito mais. Vinte e dois e me esforçava bastante para não ir para traz.
“O que estaria acontecendo, cheguei a quarenta e nove ontem”, pensei.
Forcei ainda mais até que tive que segurar na barra para não ir para fora da esteira. Lá da frente Gleide percebeu minha dificuldade e veio ao meu encontro.
- Está querendo ganhar a maratona? Perguntou com a intenção de me auxiliar, não de “zuar”.
- Tem alguma coisa errada. Respondi por reflexo.
- Mas o Sr. Daniel Gomes disse que estava tudo ok, você tem certeza. Gleide ficou preocupada.
- Não. Com a esteira está tudo bem. É algo errado comigo. Quer dizer. Está tudo bem comigo, é que...
- Deixa pra lá. Está tudo bem, Gleide. Eu é que me equivoquei. Tentei deixar a Gleide mais tranquila.
Gleide retornou para sua mesa na portaria.
A esteira já estava desligada e eu aquecido e para o tira-teima ensaiei o agachamento de balé que aprendi ontem.
Olhei para o teto e vi que era bem mais baixo que o da quadra da Poli. Não passava de cinco metros. Fácil.
Saltei.
Não passei de um metro de altura, ou se passei foi muito pouco.
As palavras de José Reginaldo gritaram em minha cabeça: “Pessoal, terminamos, podem desligar”. Eu tinha um dispositivo de liga e desliga. Mas como, quando e onde estaria?
Fiz mais alguns exercícios de peito e braços, tomei uma ducha e fui para casa.
Mal fechei a porta e o interfone tocou. Pela janela avistei a portaria e lá embaixo estavam Vtec Honda e Fernanda Furlan.
Atendi o interfone e pedi que subissem.
Vtec carregava uma mala preta enorme. Parecia um propagandista. Aqueles que vão á consultórios médicos cheios de amostra grátis.
Fernanda tinha nas mãos uma sacola plástica amarela daquelas dadas em lojas de roupas.
Esses meus amigos eram gênios, mas tinham um péssimo gosto para as coisas que carregavam, pelo menos no visual.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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