15/02/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 050


No Capítulo anterior...

Olhei para Cassia Raquel depois para Ricardo Régis e perguntei para José Reginaldo que estava presente, mas não disse uma palavra desde que adentrou á quadra:
- Vocês viram isso?
- Vocês viram o que eu fiz?
- Quanto tempo demorou?
Eu estava eufórico.
- Quase quatro segundos, três e quarenta e dois milésimo. Gritou Nori do outro lado da quadra.

Continuação...

Não acredito que aquele tempo todo durou apenas três segundos e quarenta e dois milésimos. Pareceu muito mais.
José Reginaldo, falou pela primeira vez, na quadra.
- Ricardo Régis, como foi.
- Conforme o modelo. Sem repercussão externa, sem estiramento, curvas aceitáveis e organismo sem exigências extras. Ricardo Régis estava lendo muitos gráficos, o que deixava suas frases mais demoradas que o de costume.
- Excelente. Continuemos. José Reginaldo acenou para Cassia Raquel.
Eu percebi que as pessoas ali não estavam interessadas na minha euforia ou qualquer outro sentimento meu.
- Vamos correr Deri. Dito isto, Cassia Raquel me pegou pelo braço e fomos para o outro lado da quadra, em direção ao Nori. Atrás dele existia uma porta e por lá passamos.
Nori nos acompanhou com a filmadora e tripé.
Da porta avistei uma pista de corridas com apenas duas faixas. Tinha formato oval em uma largura máxima de 30 metros.
Cassia Raquel me deu as orientações.
- Deri, assim que eu der o sinal, dê duas voltas na pista. Corra o quanto puder, mas não o que acha que pode, e sim o quanto puder, ok? Lembre-se das esferas.
Eu me preparei e aguardei o comando.
Ouvi Nori avisar:
- Eu estou pronto.
- Corre Deri. Avisou Cassia Raquel.
Quase não fiz a primeira curva, pois estava muito rápido, mas fiz as duas voltas.
Estava ansioso para ouvir o resultado e fomos para dentro, ler os gráficos do Ricardo Régis.
Chegamos até a bancada e Ricardo Régis anunciava os resultados para José Reginaldo.
- Ótimo. A Dra. Elen ficará contente. Cassia Raquel oriente Deri para a apresentação ás quatorze horas. Bom trabalho pessoal e bom trabalho Deri. Virou as costas e saiu.
Eu me antecipei com Ricardo Régis.
- E ai, Ricardo Régis? Vai me chamar de “Usain Bolt”?
- Acho melhor continuar como Deri mesmo. Falou meio sério.
- Por quê? Não foi tão bom? Perguntei desanimando.
- Bom? Você deixou Bolt lá pra trás. E abriu um enorme sorriso, continuando.
- Bolt chega a uma velocidade máxima de trinta e seis quilômetros por horas e você chegou a quarenta e nove e meio. Isso mesmo, cinquenta quilômetros por hora, Deri.
Puxa, alguém além de mim sabia sorrir. Percebi que Nori estava radiante e Cassia Raquel me abraçou.
Entendi que o problema era a presença de José Reginaldo.
- Pessoal, por que não reagiram assim quando eu pulei? Perguntei para confirmar.
Ricardo Régis explicou que certa vez, o José Reginaldo tomou uma bronca danada da Dra. Elen porque estávamos comemorando o bom resultado de uma pesquisa e a partir daí resolvemos, para colaborar com ele, não comemorar mais em sua frente.
- Mas acredite Deri. Ele estava contente também. Complementou Nori.
Cassia Raquel ficou mais uma hora comigo, mostrando os dois vídeos feitos por Nori repetidas vezes e me mostrando algumas falhas e onde eu poderia melhorar.
Ela me falou das limitações de aceleração e desaceleração, das curvas com velocidade e das parábolas no ar. Que aula que eu tive.
Voltamos para a sala com autorização de senha e lá encontrei David Siqueira, o qual não estava da primeira vez.
- David não dá para eu saber um pouquinho mais de mim mesmo? Eu perguntei porque queria saber de verdade.
David pegou um tablet, digitou um endereço de intranet e me entregou dizendo:
- Este site só é acessado dentro desta sala, divirta-se.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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