05/02/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 041


No Capítulo anterior...

- Após ganhar a partida perguntei a ele: Foi de propósito que me deixou ganhar? Ao que me respondeu:
“Não. Eu errei. Porém ao invés de chorar ao perceber meu erro decidi aguardar a próxima oportunidade da qual tinha certeza da vitória. Das duas, uma: Ou você não veria a jogada, pois estava chorando, ou eu veria seu sorriso ao final.”
Mell acrescentou:
- Tente tirar o máximo proveito. E foi para a cabine.

Continuação...

Os pneus do Lineage 1000 tocaram o solo em Congonhas no horário previsto. Que saudades de São Paulo.
Despedimo-nos dos comandantes Mell e Boanerges, da Comissária Eliane. Descendo a escada ouvi a recomendação de Mell:
- Maio no caribe, me ligue.
Com um sorriso e aceno de mão confirmei para ela.
Uma Van nos levou até o saguão onde Eduardo Soares nos aguardava, nos abraçamos:
- Como está Eduardo? Vigiando muita gente?
O mesmo já emendou:
- Sim bastante, mas nenhum que desse tanto trabalho com você.
O saguão de Congonhas, cheio, não lembrava em nada o JFK.
Na rua uma enorme Van, azul escuro, nos aguardava. Entramos e seguimos para minha casa.
Percebi que quando a Van saiu, outros dois carros nos seguiram.
Já na porta de casa, Eduardo subiu comigo, enquanto a Van foi embora e os dois carros estacionaram na frente do prédio.
Abri uma cerveja enquanto Eduardo me explicava as regras de segurança.
- Você terá segurança e motorista as vinte e quatro horas do dia, poderá fazer o que quiser, porém será monitorado. Qualquer dúvida é comigo.
Eduardo me falou mais uma hora de detalhes que considerei lógicos e outros ridículos, mas não discutimos, aceitei.
Falamos outra hora de amenidades como futebol, mulheres e política.
Eduardo foi embora em um dos carros e o outro continuou estacionado lá embaixo.
Apesar de ter feito nada a viagem me deixou exausto.
Liguei para Patrícia, que ficou contente em saber que eu estava de volta e não desligou enquanto não me convenceu de fazer uma festa de boas vindas.
Conversamos bastante, tomei um banho e fui me deitar.
Acordei cedo e ouvi um barulho no apartamento. Ao abrir a porta da cozinha me deparei com Aracy que preparava uma farta mesa de café da manhã.
Que abraço gostoso eu recebi desta que considerava uma mãe. Aracy já foi logo dizendo.
- Que bom te ver. Quando me ligaram, ontem a noite, eu nem acreditei. Hoje cedo já passei no mercado, porque aqui não tinha nada há bastante tempo.
Conversamos enquanto tomava meu farto café da manhã.
Pedi para Aracy preparar algo para meus seguranças, lá embaixo coloquei uma roupa leve, de ginastica e desci.
Eu me apresentei aos seguranças que ainda não conhecia. Eles eram José Ricardo Madson de Paula e Paulo Rosa. Informei-os de minhas intenções para o dia e segui para a academia.
Que saudades da minha cidade, do meu bairro, das arvores da minha rua. É muito bom estar em casa. Pensei.
Ao chegar à academia, Gleide Gleidinha quase não acreditou, saiu de trás da mesa que estava fazendo festa.
Conversamos enquanto Gleide me mostrava os novos aparelhos de ginástica, todos computadorizados e dos mais modernos.
Experimentei alguns e gostei pois forneciam muitas informações sobre o comportamento do nosso corpo pressão arterial, batimento cardíaco, perda de calorias, esforço e outras temporais e de distâncias.
Tomei uma sauna e sai sem destino certo. Queria apenas curtir meu bairro, matar a saudade.
Caminhei por duas horas. Entrei em várias ruas e alguns becos. Vi alguns conhecidos, mas apenas cumprimentei.
Voltei para casa quando já era próximo das duas da tarde. Almocei com Aracy que preparara um delicioso filé ao molho madeira. Hum, que bom aquele tempero da Aracy. Até o arroz dela, puro, sem nada, era muito bom. Junto com a saudade, melhor ainda.
Vendo notícias na internet e consultando minha caixa postal encontrei uma mensagem de Elen:
“Segunda-feira, às 10 horas, reunião de apresentação do projeto aos investidores, local: Anfiteatro da Poli. NÃO É UM CONVITE, Elen”.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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