No Capítulo
anterior...
Elen pareceu mais calma.
- Ah, isso, tudo bem. E começo a contar os detalhes,
pelo menos os que eu poderia saber.
Antes de sair também fiz algumas revelações.
- Conheci Rodrigo seu marido e sua irmã, Samantha,
também.
- O que aquela vaca falou. Não pareceu nada
preocupada de eu ter conhecido Rodrigo, mas alguma coisa me disse que eu
precisava conversar mais com Samantha.
Continuação...
Já em casa recebi uma ligação:
- Alô, senhor Deri?
- Ele mesmo, pode falar. Confirmei.
- Eu sou Soraya Oaski Derinarde, do departamento de
relações publica da Universidade de São Paulo e sua passagem para os Estados
Unidos foi confirmada para a semana que vem, dia 27, ás quatorze horas portão
17. O ticket o senhor tira no dia no balcão da Cia Aérea.
- Ok, e para onde estou indo mesmo?
- Massachusetts, tem uma parada de quatro horas em
Nova York. O seu visto está ok?
- Sim esta tudo bem. O que mais eu devo saber?
- Os professores Cleiton Peroba e Nori Wildelifeshot
irão lhe acompanhar. Algo mais que queira saber?
- Não tudo bem, eu estarei lá.
A partir daquele momento minha maior maratona iria
começar.
A semana passou rápida.
Malas prontas, eu chamei Aracy Bona para conversar.
Aracy era minha governanta, quase uma mãe para mim.
Era a pessoa que organizava minha vida. Que me alimentava e que me dava
conselhos.
- Aracy, eu não sei quanto tempo ficarei fora e não
sei nem se volto. Cuide de tudo como você sabe fazer.
Como sempre, o ombro de Aracy me confortou mais uma
vez. Dizendo:
- Deri. Eu tenho certeza que você volta, mas acho
que você volta diferente. Alguma coisa dentro de mim diz que você volta mudado.
Embarcamos com meia hora de atraso. Nori, Cleiton e
eu. O mais animado era Nori, que não parava de fotografar.
A viagem foi tranquila. Longa e tranquila. Às quatro
horas, da escala em Nova York, até que foi maneira. Aproveitei para fazer um
pouco de academia, barbearia e algumas compras no próprio John F. Kennedy.
Em Massachusetts fomos direto ao MIT. Eu seria interno
por pelo menos seis meses lá.
Chegando ao MIT, a primeira pessoa que me é
apresentada é Cássia Raquel, uma brasileira que faz intercambio nos Estados
Unidos. Ela é fluente em inglês, espanhol, italiano e russo e lá ela ensina
linguagem corporal, isto mesmo, excelente dançarina e coreógrafa, ensina aos
engenheiros do MIT a linguagem corporal.
Cássia e Nori já se conheciam do Brasil e comentavam
que tinham feito um ótimo trabalho comigo. Vim, a saber, que o levantamento,
aplicação para a programação e documentário dos movimentos robóticos
implantados em mim eram obra dos dois.
Meus aposentos no MIT são modestos, mas muito
confortáveis. É composto de um grande salão onde acomoda o quarto e uma sala
decorada com dois sofás e duas poltronas, uma enorme tv e uma estante de
livros. Há um banheiro enorme acoplado que, ao entrar, uma terrível sensação
tomou conta de mim. O banheiro era todo equipado e adequado á pessoas com
deficiência locomotora. Seria este o meu fim?
Enquanto acomodava minhas roupas no pequeno armário
daquele pseudo quarto alguém bate á porta. Atendo á porta e quase a fecho na
cara do pequeno cidadão que estava ali parado já começava a falar percebendo
minha falta de atenção.
- Deri, por favor, sou o Dr. Valdenei Rodrigues
Oliveira e estou muito feliz em conhecê-lo.
O homem tinha pouco mais de um metro e vinte de
altura e embora o corpo tivesse proporções físicas de um e oitenta, suas pernas
eram muito curtas. Percebi ao apertar-lhe a mão que a incompatibilidade era
apenas as pernas, pois os braços fortes e longos o faziam lembrar um
Orangotango, principalmente por sua pele muito clara e cabelos avermelhados.
- Entre Dr. Valdenei, eu estou arrumando minhas
coisas, mas estou muito ansioso para conhecer todos. Quase que me desculpando
pelo espanto ao ver o homem.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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