Senhores passageiros com destino a FANTASIA.

Queiram por gentileza sentar, apertar os cintos e Boa Viagem, Aventura e Entretenimento

Saga Derinarde

Acompanhe a história de nossa família!

Brasil

Que país é esse?

Sonhe

O Mega Canyon - Cuscuz com Picolé

Aniversários do Blog!

Estou feliz pelo aniversário

31/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 037


No Capítulo anterior...

Ao sair do túnel, nova olhada de Wilmer, para trás e parecia aliviado ao entrarmos no Boston Logan International Airport.
O check-in no aeroporto foi rápido, pois nenhum de nós tinha muita bagagem, exceto bagagem de mão.
Ao afivelar o cinto, comentei com Wilmer:
- Cara, isto está mais parecendo uma fuga que qualquer outra coisa. Recebi uma resposta seca em seguida.
- Pode apostar suas pernas nisso. Precisamos chegar logo á Nova York.

Continuação...

Wilmer só voltou a respirar normalmente no momento que o trem de pouso do Boing fez barulho de recolher.
Fizemos boa viagem para Nova York. Cerca de trinta minutos. E já estávamos atingindo o solo.
O JFK estava movimentado como sempre e as subidas e descidas das aeronaves faziam do barulho constante um turbilhão de querosene queimado deixando a paisagem embaçada e tremulante.
Estranhou-me ver, da janela que eu estava, uma “Van” diplomática, com o brasão do Brasil, estacionar ao da aeronave. Os passageiros desciam pelo lado esquerdo e após o último passageiro descer, o comissário de bordo abriu uma porta do lado direito.
Uma escada foi colocada nesta porta e após este procedimento fomos informados que poderíamos descer por ali.
Ao tocar o pé na pista perguntei ao Erick, que estava a minha frente, o que estava acontecendo, mas antes de obter a resposta, Wilmer que vinha logo atrás empurrou-me para dentro da Van.
Ao fechar a porta, Erick completou:
- É apenas um atalho.
A Van seguiu sinuosamente por linhas pintadas na pista até uma área destinadas á aeronaves particulares.
Paramos ao lado de uma aeronave Lineage 1000 de fabricação Brasileira. A porta da Van foi aberta por uma linda aeromoça que logo foi se apresentando.
- Meu nome é Eliane Almeida.
- A Embraer lhe dá as boas vindas em nome do Brasil e da Universidade de São Paulo.
Ela indicou a escada por onde subimos de imediato.
Na porta da aeronave outra mulher, com uniforme branco e chapéu sob o braço nos aguardava.
- Sou a comandante Mell Ferrari da Força aérea brasileira, bem vindo em território brasileiro. E continuou:
- A Dr. Elen Perez, diretora geral da escola politécnica, do projeto “O ser do futuro” e secretária geral de tecnologia do Brasil lhe oferece transporte oficial de retorno para casa.
Entrei sem deixar de pensar: “A filha da puta conseguiu”.
Wilmer e Erick eram só sorrisos e alívio. Estávamos em área internacional, em uma nave com imunidade diplomática.
Entramos e nos acomodamos enquanto a escada subia e a porta se fechava.
Uma voz nos alto-falantes iniciou.
- Senhores bom dia. Aqui quem voz fala é o segundo comandante da aeronave, Boanerges Abdon Lopes Bezerra. Partiremos nos próximos quinze minutos e nossa viagem até o aeroporto de Congonhas, São Paulo, está estimado em 10 horas. Acomodem-se em seus lugares, apertem os cintos e boa viagem.
Pensei ter ouvido aplausos de Wilmer, quando olhei para ele, o mesmo esfregava as mãos como forma de contentamento.
Os quinze minutos informados pelo segundo comandante Boanerges se cumpriram e o avião começou a se movimentar em direção á cabeceira.
A nave apontou para oeste e o anuncio nos alto-falantes foi imediato.
- Decolagem autorizada. Ouvi o afivelar do cinto da comissária Eliane Almeida. A potência dos dois motores do Lineage 1000 entrou em ação.
Ganhamos velocidade e logo mais altura. Estamos á caminho de casa.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

30/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 036


No Capítulo anterior...

Sobrando uma noite de despedidas solicitei a dispensa dos seguranças e levei Claudia para jantar. Ambos rimos muito aquela noite e choramos também. Tínhamos criado um vínculo muito forte.
Voltando ao dormitório, ofereci á Claudia um refrigerante, única bebida que tinha no frigobar do quarto e ela aceitou de pronto. Era tarde e os assuntos não se esgotavam. E quando nem ela e nem eu esperávamos surgir, quase que por um descuido, um beijo. Sem saber ao certo o que significava aquilo: uma despedida, um agradecimento ou algo mais forte nós nos abraçamos e continuamos nos beijando. Nossa respiração era intensa e nossos lábios teimavam em não se separar. Existia uma só saliva, um só sabor.

Continuação...

Minhas mãos percorriam as costas de Claudia, de um lado á outro, de sua nuca ás nádegas e, em um frenesi igual, as mãos dela hora estavam á base de meus cabelos, hora em meu peito. A que cada passada de mão sobre meu peito, um botão de minha camisa era aberto.
Nenhuma palavra ousou ser pronunciada naquele momento e meus lábios que há pouco se recusavam liberar os dela corriam por seu rosto, pescoço e orelha, desciam por sua nuca e seu perfume me embriagava.
Meus dedos encontram a fina tira de sua blusa que depositadas em seus ombros não causavam nenhuma resistência em se deslocar para os braços. Aos poucos e com muitas carícias estávamos sentados na cama seminus á corrermos os lábios por toda a parte do corpo descoberta.
Com as mãos em conchas sobre seus seios acaricio seus mamilos com a ponta dos dedos só parando quando meus lábios chegam á eles. As mãos dela percorrendo meu peito e barriga demora um pouco mais apenas para desabotoar a calça e o zíper descer.
Ao mesmo tempo em que a umidade de meus lábios chega a sua barriga. Aproveito as mãos livres e abro um ou dou botões de sua calça.
Já nus na cama sinto seu sabor e odor intensos, da mesma forma que seus lábios também se encontram ocupados.
Fizemos amor. O mais intenso dos sentidos humanos.
Já passado algum tempo, abraçados, perguntei.
- Gosto muito de você e jamais vou querer te machucar, mas (grande pausa), o quê foi isto?
Claudia respondeu sem nenhuma dúvida nos olhos que olhavam os meus neste momento.
 - Confiança. Só isso, Confiança. E nos beijamos novamente.
Repetimos mais vezes, ainda naquela noite que logo se tornou dia. Tomamos banho e nos despedimos.
Pensava em tirar uma soneca antes de partir, porém a conversa na porta já anunciava a hora. Um “toc, toc” na porta e eu sabia que era a senha.
- Precisamos estar em Boston Logan International em uma hora, apresse-se. Wilmer nem terminou a frase e eu já estava do lado de fora. Erick estava no banco do carona do carro com motorista parado na porta.
Entramos no carro e rumamos para o Aeroporto em Boston.
Antes de entrarmos na Vassar Street olhei com espanto para Wilmer. O mesmo parecia dono da situação e estava muito serio.
A dobrar para a Main Street percebi que Wilmer olhara para traz certificando-se que ninguém nos seguia.
Atravessamos a Longfellow Bridge e logo saímos á direita para contornar Beacon Hill Garden Club tomando a Charles Street, mais um zigue-zague na Martha Road e já estávamos contornando o North End Park. Boston tem uma excelente malha viária.
Entramos no Summer Tunnel, maravilha de construção sob um braço de mar. Obra inaugurada em 1934.
Ao sair do túnel, nova olhada de Wilmer, para trás e parecia aliviado ao entrarmos no Boston Logan International Airport.
O check-in no aeroporto foi rápido, pois nenhum de nós tinha muita bagagem, exceto bagagem de mão.
Ao afivelar o cinto, comentei com Wilmer:
- Cara, isto está mais parecendo uma fuga que qualquer outra coisa. Recebi uma resposta seca em seguida.
- Pode apostar suas pernas nisso. Precisamos chegar logo á Nova York.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

29/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 035


No Capítulo anterior...

- Sim senhor. Bati continência e continuei.
- Você não sabe a chance que o MIT está perdendo. Parece que despertei sua curiosidade.
- Sim? E qual é? Ela disse levantando a sobrancelha esquerda.
- Transformar o robozinho Elen em um ser humano.
Com a cara amarrada disse antes de virar as costas e sair.
- Humanos não têm a menor graça.

Continuação...

Na terceira semana de treinamentos eu já fazia cooper, embaixada com bola e outros movimentos que não exigissem muito esforço, afinal tinha cicatrizes enormes á preservar.
Nídia Saraiva era minha personal e era sempre acompanhada de Cássia Raquel, a Coreógrafa.
Há cada quinze dias David aparecia para uma visita e acompanhar o progresso que fazíamos.
Vi também Dr. Ricardo Régis, mas ele quase nunca falava comigo, estava sempre cercado de doutores e técnicos.
Neste período conheci Claudia Barros, linda e loira. Claudia é bolsista no MIT, cursava o sexto ano e está se especializando em movimentos espaciais.
Ótima companhia, alegre e sempre disposta á explicar minhas inúmeras dúvidas. Claudia era uma das poucas pessoas que mais pareciam pessoas, quer dizer, pessoas deste mundo, mais que os demais, que sempre estava em órbita com um logaritmo na testa ou uma raiz quadrada nos ombros.
Claudia falava de cinema, de livros (não técnicos claro), de pessoas e de mundo. Sua vontade de viajar e conhecer pessoas e lugares só era superado pelo seu amor á ciência, mas não havia competição, tinha lugar para os dois.
Sua grande fã, agora no mundo acadêmico, era a Dr. Maria Inês, que era também sua orientadora para o doutorado.
Saímos algumas vezes para conversar e jantar, mas em uma única vez estávamos á sós no restaurante, pois a minha comitiva permanente não me largava um minuto sequer. Desta vez acertei com o esquadrão para que ficassem quatro mesas longe de mim. Absurdo.
Fiquei muito amigo de Claudia, pudera ele perguntava se eu havia comido o peixe no refeitório ou se havia comprado uma camisa nova e não se o chip “A18FG” tinha sofrido impacto ou se a última atualização do hardware do “ttox4” havia concluído. Trocamos boas risadas e confidências.
Passados três meses dos implantes eu já era uma pessoa com aparência e vida normais, quer dizer, mais aparência do que vida, más conseguia levar a Claudia para dançar, íamos á festas e até para a praia, se bem que quando se fala em praia nesta região americana, nada lembra sol e biquíni. É frio e venta muito. Estamos coladinhos ao Canadá.
Eram tantos os doutores, técnicos e assistentes que cuidavam de mim que eu, ás vezes, confundia um com outro, sem contar os seguranças, afinal eu já era muito valioso para eles.
Não havia terminado ainda o quarto mês e recebi a visita dos advogados Wilmer Naufel Junior e Erick Shalch do famoso escritório brasileiro de advocacia, Naufel & Shalch Advogados, os quais me informaram as mudanças de última hora. Eu voltaria com eles ao Brasil.
Eu estava tentando obter mais informações. “o porque” da antecipação, pois restavam ainda dois meses pra finalizar o acompanhamento, porém as únicas respostas que obtive é que eram decisões da diretoria e que terminaria os treinamentos no Brasil.
Papelada arrumada, aceites feitos muito á contra gosto da direção do MIT, ficou acertado que embarcaríamos na manhã seguinte.
Sobrando uma noite de despedidas solicitei a dispensa dos seguranças e levei Claudia para jantar. Ambos rimos muito aquela noite e choramos também. Tínhamos criado um vínculo muito forte.
Voltando ao dormitório, ofereci á Claudia um refrigerante, única bebida que tinha no frigobar do quarto e ela aceitou de pronto. Era tarde e os assuntos não se esgotavam. E quando nem ela e nem eu esperávamos surgiu, quase que por um descuido, um beijo. Sem saber ao certo o que significava aquilo: uma despedida, um agradecimento ou algo mais forte nós nos abraçamos e continuamos nos beijando. Nossa respiração era intensa e nossos lábios teimavam em não se separar. Existia uma só saliva, um só sabor.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

28/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 034


No Capítulo anterior...

- Sweet dreams.
Algum tempo passou e acordei com a sensação de uma ressaca danada, muita sede e dores em todo o corpo.
Um enfermeiro ao lado de minha cama arrumava o soro e seu conta-gotas.
- Hi. My name is Leonardo Yata. Can I help you?

Continuação...

- Água, water. Balbuciei ao que ele entendeu e colocou um canudo em minha boca ao mesmo tempo em que apertava um botão na parede.
Em poucos segundos meia dúzia de pessoas estavam em volta da cama e entre eles David.
- E aí, cinderela? Foi o Yata que te deu um beijo para acordar?
Pelo menos quatro outros entenderam a brincadeira e riram os demais estavam muito ocupados olhando monitores e fazendo anotações em tablets e outros equipamentos.
- Então David, correu tudo bem, ontem? Quando eu tenho alta?
Ao que me respondeu.
- Correu tudo otimamente bem, mas não foi ontem. Você ficou dezoito dias em coma induzida, isto faz parte da recuperação e alta, bem você nunca mais terá alta. Começaremos á partir de amanhã exercícios de musculatura, pois os nervos eletrônicos estão respondendo bem.
- Dezoito dias? Eu me assustei com o período.
- Por isso que estou morrendo de fome. Liga para o Brasil e manda trazer uma picanha. Era pura realidade.
Muitas perguntas foram feitas a mim e muitas outras eu fiz aos presentes, mas no geral parecia que tudo corria bem.
Durante o curativo tive uma noção do tamanho da intervenção. Tinha uma cicatriz que começava no calcanhar e terminava acima da nádega, quase no meio das costas, e isto nas duas pernas.
Não sentia dores fortes, parecia apenas que saíra da academia há poucas horas, aquela dorzinha muscular suportável.
Daquele momento em diante não saberia mais o que é ficar só, sempre tinha, pelo menos, três pessoas comigo, seja na cama, no banho ou até na privada, bem eu não tinha nada mais privado.
Foi uma semana muito proveitosa e cheio de novidades. Fiz muito exercícios, mas embora tenha feito a cirurgia nas pernas, os exercícios eram mais mentais e de coordenação que físico propriamente dito.
No final da primeira semana de treinamentos, eu recebi uma visita inusitada. Elen.
- Olha lá, a principal e mais interessada apareceu? Eu fui irônico.
- Estava garantindo a sua evolução. Disse por dizer, pois não precisava dar qualquer satisfação e continuou.
- Já li todos os relatórios e vi que tudo corre bem. Você fica aqui, quer dizer no MIT ainda seis meses antes de ir para casa. Até lá se comporte.
- Sim senhor. Bati continência e continuei.
- Você não sabe a chance que o MIT está perdendo. Parece que despertei sua curiosidade.
- Sim? E qual é? Ela disse levantando a sobrancelha esquerda.
- Transformar o robozinho Elen em um ser humano.
Com a cara amarrada disse antes de virar as costas e sair.
- Humanos não têm a menor graça.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

26/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 033


No Capítulo anterior...

Caminhamos por uns dez minutos enquanto ele explicava sua formação em biotecnologia e atividades do projeto. Parece que desta vez a Elen estava cumprindo a sua parte, quanto á minha participação efetiva no projeto.
Chegamos á um enorme refeitório e me armei com bandejão e talheres.
Enquanto estávamos comendo outra pessoa se aproximou solicitando permissão para sentar conosco e de pronto foi atendido.

Continuação...

- Este é o Dr. Ronaldo Ambrosio e este é Deri. Apresentou-nos e continuou.
- Dr. Ambrosio e diretor do comitê internacional de bio-robótica da Alemanha, e está aqui para acompanhar nossa evolução na implantação de tecidos nervosos e musculares sintéticos.
Adiantei-me aos dois.
- Pelo que estou vendo este projeto é mundial e envolve muito milhões de dólares?!
- Muito prazer Deri. Sim o projeto é internacional e eu diria que já estamos na casa das centenas de milhões.
Continuou.
- Algumas pessoas já possuem um parte ou outra, um processador ou outro, mas você entrará em uma nova fase.
Cada palavra que o Dr. Ronaldo pronunciava, olhava para o Dr. Antonio Carlos como que pedindo o aval ou liberação de tal comentário.
- Estamos em um estágio que até então, só era conhecido em filmes de Hollywood, por pessoas comuns.
Abriu-se uma estridente gargalhada.
Fiquei sabendo que minha implantação, assim disseram, estava agendada para o próximo final de semana, ou seja, daqui a três dias. Claro, estava preocupado.
Terminamos de comer e o Dr. Antonio Carlos me levou de volta ao meu dormitório, mas antes de entrar identifiquei uma figura conhecida. Estava na porta á me esperar.
- Olá David, ou aqui é Doutor?
O Dr. David Siqueira abriu um largo sorriso, como de costume.
- Deixa disso, Deri. Sou David, os doutores usam avental branco. E entramos.
- Quem mais vem para a minha “festa”? Dr. Ricardo, Elen?
Em um longo e detalhado discurso, David, me atualizou.
- Dr. Ricardo está a caminho, assim como mais uns quatro doutores, mas a Dra. Elen não vem. Ela esta na Europa e quando vier para cá não estará preocupada com você, ainda não. A Dra. Elen está em uma campanha política, algo que a ocupa demais.
Eu já sabia do que se tratava. A sucessão do Dr. José Willian Baptistella.
Os três dias seguinte passaram muito rápido, ainda mais porque não saí dos laboratórios, fazendo exames e testes.
E chegou o dia “D”.
Fomos para Boston e no Massachusetts General Hospital para cada passo que eu dava tropeçava em três pessoas ligadas ao projeto.
Hora eu via o brasão circular do MIT bordado em seus bolsos, hora via o leão com a palavra “VE RI TAS”, significando que eram de Harvard. A coisa estava “chic”.
Já no centro cirúrgico, passei por duas cabines de descontaminação, deitei em uma maca, recebi uma máscara e ouvi a última frase da enfermeira:
- Sweet dreams.
Algum tempo passou e acordei com a sensação de uma ressaca danada, muita sede e dores em todo o corpo.
Um enfermeiro ao lado de minha cama arrumava o soro e seu conta-gotas.
- Hi. My name is Leonardo Yata. Can I help you?

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

25/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 032


No Capítulo anterior...

O homem tinha pouco mais de um metro e vinte de altura e embora o corpo tivesse proporções físicas de um e oitenta, suas pernas eram muito curtas. Percebi ao apertar-lhe a mão que a incompatibilidade era apenas as pernas, pois os braços fortes e longos o faziam lembrar um Orangotango, principalmente por sua pele muito clara e cabelos avermelhados.
- Entre Dr. Valdenei, eu estou arrumando minhas coisas, mas estou muito ansioso para conhecer todos. Quase que me desculpando pelo espanto ao ver o homem.

Continuação...

- Você vai conhecer muita gente sim, mas não creio que todos. Somos 1427 pessoas envolvidas no projeto e algumas estão muito distantes, do outro lado do mundo. Continuou o Doutor.
-Aqui no campus você terá a atenção constante de 350 pessoas desde as mais graduadas do mundo, como as que atenderão suas necessidades mais básicas.
-Esta semana você fará muitos testes e exames e no domingo será o homem á entrar para a história.
Dr. Valdenei falou das rotinas a que eu me submeteria. Terminei de arrumar o armário e saímos do Simmons Hall, nome dado ao alojamento do MIT.
No caminho foi me apresentando o MIT. Passamos pelo departamento de Administração, pela biblioteca, departamento de linguística, departamento de física e finalmente o departamento de ciências e tecnologia, onde eu aconteceria.
Passamos alguns corredores, subimos um longo lance de escadas e entramos em uma grande sala, muito movimentada onde sons de vozes eram como ladainha de uma missa.
Fomos ao centro da sala e com um vibrador sonoro tirado do bolso, o Dr. Valdenei emitiu uma sirene estridente por três segundos e falou em um inglês perfeito:
- Senhores, este é Deri. Ele estará conosco nos próximos seis meses. O sucesso dele será nosso sucesso e vice-versa.
Ele puxou alguém pelo braço e continuou.
- O Dr. Antonio Carlos Albers será o responsável por eliminar qualquer dúvida entre o MIT e Deri.
Disse mais algumas frases de ordem, ele desejou sorte á todos e se retirou, mas não antes de aguardar as palmas terminarem. Eu entendi que aquelas palmas eram para o projeto e, um pouquinho para mim, claro.
Dr. Antonio Carlos era brasileiro, estatura mediana, um enorme bigode e usa óculos com lentes grandes e armação grossa. Por esse motivo o pessoal o apelidou de “Guy Cute”, seria o nosso “Zé Bonitinho” no Brasil. É, lembra mesmo.
Ele me pegou pelo braço e começamos a caminhar dentro da sala, apresentando algumas pessoas conforme parávamos em suas mesas.
- Oitenta por cento das pessoas que você conhecerá neste departamento, são brasileiros, este é Dr. Carlos Vessoni, especialista em programação neural, o chip que você receberá transformará os impulsos elétricos do cérebro em comandos dos nervos que comandam os músculos mecânicos e ele está finalizando tais procedimentos.
- Você já tem comandos meus, no tornozelo. É um prazer conhecê-lo pessoalmente. Disse Dr. Carlos muito animado, como todos na sala.
Estava me sentido, meio estrela, meio cobaia.
Continuamos a andar.
- Dr. Ismael Guilherme é engenheiro de materiais. Faz a união dos tecidos artificiais com tecidos humanos. Ele é o par do Dr. David Siqueira.
- Como vai, sou português, mas criado no Brasil. Adiantou-se Dr. Ismael.
E seguimos em frente.
- Doutores Claudia Maria Gonçalves, Alex Baba e Guilherme Ramos são os responsáveis por comunicação extracorpórea. Há pouco tempo você teve uma interferência de ondas que o fez cair, estes doutores identificaram e corrigiram o problema.
Não poderia deixar a piada passar.
- Quer dizer que os senhores não vão me derrubar, certo?
Riram e acenaram negativamente.
- Dra. Maria Inês Baptistella é a par do Dr. Ricardo Régis Lima na aplicação de movimentos espaciais.
O Dr. Antonio Carlos me apresentou outros quinze doutores, até sairmos da sala sem mesmo conhecer mais da metade dos presentes.
Caminhamos por uns dez minutos enquanto ele explicava sua formação em biotecnologia e atividades do projeto. Parece que desta vez a Elen estava cumprindo a sua parte, quanto á minha participação efetiva no projeto.
Chegamos á um enorme refeitório e me armei com bandejão e talheres.
Enquanto estávamos comendo outra pessoa se aproximou solicitando permissão para sentar conosco e de pronto foi atendido.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

24/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 031


No Capítulo anterior...

Elen pareceu mais calma.
- Ah, isso, tudo bem. E começo a contar os detalhes, pelo menos os que eu poderia saber.
Antes de sair também fiz algumas revelações.
- Conheci Rodrigo seu marido e sua irmã, Samantha, também.
- O que aquela vaca falou. Não pareceu nada preocupada de eu ter conhecido Rodrigo, mas alguma coisa me disse que eu precisava conversar mais com Samantha.

Continuação...

Já em casa recebi uma ligação:
- Alô, senhor Deri?
- Ele mesmo, pode falar. Confirmei.
- Eu sou Soraya Oaski Derinarde, do departamento de relações publica da Universidade de São Paulo e sua passagem para os Estados Unidos foi confirmada para a semana que vem, dia 27, ás quatorze horas portão 17. O ticket o senhor tira no dia no balcão da Cia Aérea.
- Ok, e para onde estou indo mesmo?
- Massachusetts, tem uma parada de quatro horas em Nova York. O seu visto está ok?
- Sim esta tudo bem. O que mais eu devo saber?
- Os professores Cleiton Peroba e Nori Wildelifeshot irão lhe acompanhar. Algo mais que queira saber?
- Não tudo bem, eu estarei lá.
A partir daquele momento minha maior maratona iria começar.
A semana passou rápida.
Malas prontas, eu chamei Aracy Bona para conversar.
Aracy era minha governanta, quase uma mãe para mim. Era a pessoa que organizava minha vida. Que me alimentava e que me dava conselhos.
- Aracy, eu não sei quanto tempo ficarei fora e não sei nem se volto. Cuide de tudo como você sabe fazer.
Como sempre, o ombro de Aracy me confortou mais uma vez. Dizendo:
- Deri. Eu tenho certeza que você volta, mas acho que você volta diferente. Alguma coisa dentro de mim diz que você volta mudado.
Embarcamos com meia hora de atraso. Nori, Cleiton e eu. O mais animado era Nori, que não parava de fotografar.    
A viagem foi tranquila. Longa e tranquila. Às quatro horas, da escala em Nova York, até que foi maneira. Aproveitei para fazer um pouco de academia, barbearia e algumas compras no próprio John F. Kennedy.
Em Massachusetts fomos direto ao MIT. Eu seria interno por pelo menos seis meses lá.
Chegando ao MIT, a primeira pessoa que me é apresentada é Cássia Raquel, uma brasileira que faz intercambio nos Estados Unidos. Ela é fluente em inglês, espanhol, italiano e russo e lá ela ensina linguagem corporal, isto mesmo, excelente dançarina e coreógrafa, ensina aos engenheiros do MIT a linguagem corporal.
Cássia e Nori já se conheciam do Brasil e comentavam que tinham feito um ótimo trabalho comigo. Vim, a saber, que o levantamento, aplicação para a programação e documentário dos movimentos robóticos implantados em mim eram obra dos dois.
Meus aposentos no MIT são modestos, mas muito confortáveis. É composto de um grande salão onde acomoda o quarto e uma sala decorada com dois sofás e duas poltronas, uma enorme tv e uma estante de livros. Há um banheiro enorme acoplado que, ao entrar, uma terrível sensação tomou conta de mim. O banheiro era todo equipado e adequado á pessoas com deficiência locomotora. Seria este o meu fim?
Enquanto acomodava minhas roupas no pequeno armário daquele pseudo quarto alguém bate á porta. Atendo á porta e quase a fecho na cara do pequeno cidadão que estava ali parado já começava a falar percebendo minha falta de atenção.
- Deri, por favor, sou o Dr. Valdenei Rodrigues Oliveira e estou muito feliz em conhecê-lo.
O homem tinha pouco mais de um metro e vinte de altura e embora o corpo tivesse proporções físicas de um e oitenta, suas pernas eram muito curtas. Percebi ao apertar-lhe a mão que a incompatibilidade era apenas as pernas, pois os braços fortes e longos o faziam lembrar um Orangotango, principalmente por sua pele muito clara e cabelos avermelhados.
- Entre Dr. Valdenei, eu estou arrumando minhas coisas, mas estou muito ansioso para conhecer todos. Quase que me desculpando pelo espanto ao ver o homem.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

23/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 030


No Capítulo anterior...

Rodrigo virou-se para mim.
- Deri eu sempre quis te conhecer, mas Elen te escondia de mim. Cheguei até a pensar que você não existia. Sabe como são as mulheres, fazem qualquer coisa para tirar o dinheiro da gente.
Não, não. Qualquer explicação que recebia, por mais lógica que fosse mais confuso e perturbado eu ficava.
- Elen é sua esposa?

Continuação...

- É sim, ela nunca falou de mim? Deixe-me ver seu joelho. Funciona direitinho?
Eu estava totalmente bêbado sem ao menos ter chegado perto de uma garrafa.
- Elen é sua esposa e você patrocina o projeto, e o que mais eu ainda não sei?
Ele olhou para mim sério e em seguida teve um ataque de risos, histérico e incompreensível.
- Parece que a Elen, hahaha, que a Elen anda enganando nós dois, hein. Hahaha E continuou a gargalhar.
Mal sabe ele que passei a noite com sua mulher.
Passado a crise de riso, Rodrigo tomou água e começou.
- Eu e alguns investidores conhecemos o Dr. Willian há algum tempo e conseguimos montar um fundo, em parceria com o governo para desenvolvimento de próteses ortopédicas inteligentes.
- Depois dos bichinhos, pobres bichinhos. Você imagina que eu já vi uma patinha sair correndo junto com um desses bichinhos, o bichinho ficar pelo caminho e a patinha continuar correndo.
- Você foi o terceiro, humano, a receber o implante e o primeiro que deu certo.
- Bem depois de muito tempo eu conheci a doce Elen, nos apaixonamos e casamos.
Rodrigo me contou mais detalhes de como encontrou a filha da p... a doce Elen e parte do desenvolvimento do projeto. Falou das cifras já investidas e me assustou quando perguntou:
- Só uma coisa eu não entendi de você?
Agora sim eu estava enrascado, imaginei.
- Qual é a sua ligação com o Camaro?
Fui embora quando Selma anunciou que a diretoria estava reunida.
Rodrigo orientou Selma que eu deveria ser atendido a qualquer hora e sobre qualquer assunto e que deveria sair por onde eu entrei. O elevador privativo.
Sai de lá com muitas informações, mas ainda com muitas dúvidas.
Peguei um taxi e fui direto para a Poli.
Não foi difícil achar Elen desta vez. Fomos para a sala que eu já conhecia e começamos a conversar.
- Elen, eu tenho que dar uma resposta semana que vem, mas vou fazê-lo hoje, e é sim, vou continuar.
Percebi um sorriso espontâneo nos lábios de Elen o qual sumiu imediatamente.
- Mas tem uma condição.
Despertei o nazista dentro dela.
- Não negocio com você.
- Você o que? Até então vem me manipulando, vem me pressionando, me levou até para cama. Deixa disso mulher. Ou eu participo de todo o projeto, com detalhes e tudo mais ou estou fora.
Elen pareceu mais calma.
- Ah, isso, tudo bem. E começo a contar os detalhes, pelo menos os que eu poderia saber.
Antes de sair também fiz algumas revelações.
- Conheci Rodrigo seu marido e sua irmã, Samantha, também.
- O que aquela vaca falou. Não pareceu nada preocupada de eu ter conhecido Rodrigo, mas alguma coisa me disse que eu precisava conversar mais com Samantha.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

22/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 029


No Capítulo anterior...

- Como não quebrou? Você não tem, sic, equipamentos? Não veio falar com a Dra. Márcia? Não conhece a Elen? E aquela coisa do CENTRO? Fiz aspas com os dedos indicadores.
Ele me interrompeu em meio as minhas várias perguntas.
- Como você disse que era mesmo o seu nome?
- Bem eu não disse. É Deri e eu acho que fiz confusão.
Sua fisionomia modificou de imediato, ficou feliz com a descoberta.

Continuação...

- Deri? Você é o Deri? Deixe-me olhar para você! Deri! Puxa! Que beleza! Vamos tomar um café. Olha lá, o meu táxi acabou de chegar.
Nós nos dirigimos para o último carro apesar de ter outros quatro na frente.
Entramos e qual a surpresa, era Elo.
- Menina, vamos para o Banco. Anunciou Rodrigo.
Ao mesmo tempo em que Elo engatou a primeira marcha e saiu á caminho, consegui ouvi-la resmungando:
- Que mundinho pequeno...
Não demorou muito, pois o Banco era no final da Paulista, a conta deu uns Sete Reais, tirou uma nota de cinquenta, agradeceu á Elo e saímos.
Entramos pela garagem do prédio e fomos até uma porta que Rodrigo abriu com uma chave sem chaveiro algum.
Era um elevador privativo e não tinha botões nem marcador algum. Ao entrarmos o ar condicionado e as luzes se acenderam. Rodrigo pediu, acho que pediu o andar.
- Céu.
O elevador começou a subir. Eu não tenho ideia de quantos andares subimos, não marcava.
O elevador parou e a porta se abriu. Abriu dentro do escritório dele. A porta abriu no meio do escritório. Á esquerda fica uma mesa enorme, a maior mesa de escritório que já vi. A direita uma espécie de sala de estar, separada apenas por sofás e móveis. Para lá que fomos.
Mal sentei em uma poltrona desta sala e uma secretária apareceu não sei de onde e começou a fala com Rodrigo.
- Bom dia Rodrigo, Reunião de diretoria as onze, as treze tem o investidor Marcos Assis Silva, treze e quarenta a arquiteta Patrícia David Costa, as quatorze e quinze o talzinho, Prymo Loriba Luiz, ele anda muito engraçadinho para o meu lado, acho bom você dar um toque nele.
- Acho que você é que está dando mole para ele, hein. Hoje eu não almoço, peça lanche para mim e para o Prymo, ah vem aqui.
- Deri, está é a Selma Derinarde, meu braço direito.
- Selma, este é o Deri. Meu maior investimento.
Confesso que agora eu preciso de mais terapia com a Dra. Márcia. Ou eu, ou o mundo todo.
Rodrigo continuou.
- Selma, traga café para nós e não quero ser interrompido por nada.
Selma saiu da sala, ou melhor, desapareceu. As paredes e móveis da sala camuflavam qualquer tipo de porta ou passagem, mas elas estavam lá, só não eram visíveis.
Rodrigo virou-se para mim.
- Deri eu sempre quis te conhecer, mas Elen te escondia de mim. Cheguei até a pensar que você não existia. Sabe como são as mulheres, fazem qualquer coisa para tirar o dinheiro da gente.
Não, não. Qualquer explicação que recebia, por mais lógica que fosse mais confuso e perturbado eu ficava.
- Elen é sua esposa?

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/