09/11/2012

Saga Derinarde XXVII – Primeiro emprego


Pelo título até parece programa de governo, mas nada tem de programa.
                                                    
Lá pelos doze anos, contra a vontade de minha mãe, arrumei um serviço em uma bicicletaria perto de casa.
                                                  
O senhor Sato, um oriental de uns 60 anos e muita paciência, me contratou como ajudante e aprendiz.
Mais aprendiz que ajudante, pois eu vivia perguntando tudo, acho até que mais atrapalhava que ajudava, mas ele gostava de ensinar.
                                             
Desmontei e montei várias bicicletas, conserte pneu furado, corrente e freios.
                                                 
Um dia apertando uma morsa de mão eu a quebrei. Fique tão envergonhado de ter quebrado a ferramenta do Seu Sato que não voltei mais no trabalho.
                                                 
Depois de algum tempo afastado fui até a bicicletaria me desculpar com o Seu Sato e esperando uma bronca daquela, alias duas: uma pela ferramenta e outra por não voltar.
Sabe o que ele fez?
Ele me pagou os dias trabalhados e me deu conselhos que carrego até hoje:
 –“O homem não se desculpa pelo que não está no seu controle, não deve temer o desconhecido e deve terminar o que começou ou não começar”. Não entendi nada no dia, mas descobri depois, quanta sabedoria.
                                                  
Depois disso uma vizinha que tinha uma confecção do lado de casa pedia para que eu fizesse entregas no centro da cidade para ela. Coisa muito simples, ela chamava um táxi  enxia de roupas, me colocava no banco da frente e despachava.
                                             
Íamos ate a galeria Nova Barão na rua Barão de Itapetininga, no centro da cidade. Descarregava e voltava no mesmo taxi. Não tinha o trabalho nem de pagar, quem fazia isto era ela, e ainda pelo passei ganhava algum.
                                             
Fiz isto várias vezes e ganhei muito dinheiro para uma criança de treze anos e naquela época.
Vou aqui dar um depoimento para a o pessoal da “Defesa da Criança e Adolescente”:
- Trabalhar com pouca idade não mata, não judia e não atrapalha, muito pelo contrário, amadurece, da responsabilidade e ajuda na comida, em casa.
                         
Tempos depois, com quinze anos, de férias em Mongaguá litoral de São Paulo, convenci vovó Izolina á ir comigo na delegacia do trabalho de lá.
Muito orgulhoso quando saí de lá com minha “Carteira Profissional e Previdência Social”.
                                       


  
Agora Roteiros e Mapas em um mesmo local. 


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

0 comentários: