Por volta
do segundo ou terceiro ano escolar, eu já tinha nove anos e uma garotinha me
chamava muito a atenção.
O nome dela
era Marlene, tinha olhos e cabelos castanhos, pele muito clarinha e lábios bem
rosa.
Ela não
dava a mínima para mim, aliás nem nos conhecíamos, ela era de outra sala e não
a mesma que eu.
Na saída
sem fica esperando ela sair, pois parte do caminha de sua casa era o mesmo que
o meu.
Ninguém
sabia disso, a não ser, Airton, que era quem davas as informações sobre ele,
pois morava próximo.
Certo dia,
na volta, estava garoando e estamos de guarda-chuvas, pouca gente voltava
naquele dia, então me embriaguei de
coragem e me aproximei dela.
Meu coração
estava disparado, acredito que eu estava vermelho, pois as bochechas e orelhas
queimavam apesar da garoa que não tinha mais os guarda-chuvas para conte-la.
Eu juro que
tente pronunciar palavras, ou no máximo algum gemido, algum som mas não
consegui. A garganta estava fechada porque o coração estava subindo pela
faringe e impediam que as corda vocais funcionassem.
Eu a
pressionei na parede, fiquei frente a frente. Conseguia sentir sua respiração e
ela a minha.
Cadê as
palavras...
Um
desespero enorme tomou conta de mim. Tá bom eu criei coragem, cheguei até aqui,
a voz não sai, o que faço agora?
Na
tentativa dela sair, já quando começou a se debater e quase escapando, sem
pensar e no último recurso dei-lhe um beijo.
Não foi
aquele beijo, quem sabe um “celinho” mais demorado, eu tinha 9 anos e o anos
era 1970. As crianças não eram muito espertas nesse sentido.
Para mim
foi um “tudo”.
Não foi
premeditado, quer dizer, até prensa-la na parede, até tentar dizer que gostava
dela foi, mas nada saiu como o planejado, ou melhor, nada saiu.
Nada mudou
no nosso relacionamento depois disso. Eu continuei a ama-la e ela continuou me
ignorar.
Depois de
algum tempo a esqueci, ela se mudou e continuamos a viver separado.
Alguns anos
depois tornei a encontra-la. Foi em um clube, o CEI, O clube publico do
Ibirapuera. Já éramos “mocinhos” tornamo-nos amigos e nada mais.
Conversamos
bastante e só isso, bem para mim já não era a mesma coisa e pelo jeito para ela
também não. Inconscientemente cedemos.
Lembro
disso com muito carinho e espero que ela tenha sido muito feliz assim como fui,
assim como sou.
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos aqui constantes
forada dm em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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