14/09/2012

Saga Derinarde XXIII – Meu primeiro amor



Por volta do segundo ou terceiro ano escolar, eu já tinha nove anos e uma garotinha me chamava muito a atenção.
                                                       
O nome dela era Marlene, tinha olhos e cabelos castanhos, pele muito clarinha e lábios bem rosa.
Ela não dava a mínima para mim, aliás nem nos conhecíamos, ela era de outra sala e não a mesma que eu.
Na saída sem fica esperando ela sair, pois parte do caminha de sua casa era o mesmo que o meu.
                                          
Ninguém sabia disso, a não ser, Airton, que era quem davas as informações sobre ele, pois morava próximo.
Certo dia, na volta, estava garoando e estamos de guarda-chuvas, pouca gente voltava naquele dia, então  me embriaguei de coragem e me aproximei dela.
                                          
Meu coração estava disparado, acredito que eu estava vermelho, pois as bochechas e orelhas queimavam apesar da garoa que não tinha mais os guarda-chuvas para conte-la.
                                          
Eu juro que tente pronunciar palavras, ou no máximo algum gemido, algum som mas não consegui. A garganta estava fechada porque o coração estava subindo pela faringe e impediam que as corda vocais funcionassem.
Eu a pressionei na parede, fiquei frente a frente. Conseguia sentir sua respiração e ela a minha. 
                                              
Cadê as palavras...
Um desespero enorme tomou conta de mim. Tá bom eu criei coragem, cheguei até aqui, a voz não sai, o que faço agora?
Na tentativa dela sair, já quando começou a se debater e quase escapando, sem pensar e no último recurso dei-lhe um beijo.
                                     
Não foi aquele beijo, quem sabe um “celinho” mais demorado, eu tinha 9 anos e o anos era 1970. As crianças não eram muito espertas nesse sentido.
Para mim foi um “tudo”.
                               
Não foi premeditado, quer dizer, até prensa-la na parede, até tentar dizer que gostava dela foi, mas nada saiu como o planejado, ou melhor, nada saiu.
Nada mudou no nosso relacionamento depois disso. Eu continuei a ama-la e ela continuou me ignorar.
                           
Depois de algum tempo a esqueci, ela se mudou e continuamos a viver separado.
Alguns anos depois tornei a encontra-la. Foi em um clube, o CEI, O clube publico do Ibirapuera. Já éramos “mocinhos” tornamo-nos amigos e nada mais.
                          
Conversamos bastante e só isso, bem para mim já não era a mesma coisa e pelo jeito para ela também não. Inconscientemente cedemos.
Lembro disso com muito carinho e espero que ela tenha sido muito feliz assim como fui, assim como sou.


  


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos aqui constantes forada dm em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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