Acho que
comentei no post passado que a mudança ocorreu no meio do ano e minha transferência
para a nova escola foi muito rápida o que não ocasionou um dia de falta se
quer.
O título possui
o termo Déjà vu, e não é por acaso, pois já descrevi um primeiro dia de aula,
(tramático) em http://www.derinarde.com.br/2012/06/saga-derinarde-xiv-primeiro-dia-de-aula.html , mas este foi um primeiro dia diferente.
Não foi traumático sentimentalmente,
mas muito difícil didaticamente.
Enquanto na escola anterior estava
aprendendo a alfabetização, lá pelas letras U, V, X e Z, nesta já era a
cartilha “Caminho Suave”, com textos longos que eu nem sonhava que existissem.
“Caminho
Suave é uma obra didática, uma cartilha de alfabetização, concebida pela educadora brasileira Branca Alves de Lima (1911-2001),
que se tornou um fenômeno editorial. De acordo com o Centro de Referência em
Educação Mário Covas, calcula-se
que, desde 1948 quando teve
sua primeira edição, até meados da década de 1990, foram vendidos 40 milhões de
exemplares dessa cartilha.”
A gradeço até hoje minha
professora Laís, pela paciência que comigo teve, pois foi minha maior
incentivadora e que com sua ajuda, no fim do ano, fui o segundo melhor aluno de
sua turma com nota 98, que na época ia de 0 a 100.
A professora Laís era alta, magra
e cabelo bem curtinho, tipo Joãozinho. Usava um par de óculos grande e escuro permanentemente,
pois tinha um problema de sensibilidade na visão.
Ela era muito enérgica, mas
carinhosa ao mesmo tempo.
Nesta época respeitávamos os
professores mais que nossos pais, mas nem por isso deixávamos a formalidade nos
afastar.
A escola era, no mínio, três vezes
maior que a primeira e tinha além da área de recreio, toda cimentada e coberta,
quadra poliesportiva, pomar e muita, mas muita área livre e verde com arvores e
outras plantas, laboratório e biblioteca.
Na entrada,
perfilávamos antes de entrar para as salas e ás sextas-feiras cantava o Hino Nacional
após um pronunciamento de Dona Margarida, a diretora da escola.
O Maria
Ribeiro, assim que chamávamos, pois o nome completo era muito longo: Grupo
Escolar e Ginásio Professora Maria Ribeiro Guimarães Bueno, era referencia na
região sul de São Paulo pelo seu ritmo acelerado de educação.
O ensino á
época era formado de primeiro a quarto ano primário e mais primeiro a quarto ano
de ginásio, o que corresponde ao ensino básico hoje, e fiz os oito anos nesta
escola.
Foi nesta
escola que, guardado seu tempo, pois entrei com sete anos e saí com quinze, mas
foi nela que dei meu primeiro beijo, que aprendi a fumar, que tive a primeira
briga, a primeira iniciação sexual, não consumada (depois eu conto), a primeira
expulsão de sala de aula, o primeiro braço quebrado, a primeira autópsia em
sapo vivo, o primeiro banho de ovo no aniversário, a primeira namorada e muito
outras primeiras vezes.
Naquela
escola tinham aulas de Música e de Artes, de Moral e Cívica e Religião além das
aulas convencionais, e comento isto, pois dou especial valor nestas aulas que infelizmente
hoje não mais são ensinadas, uma pena porque nelas, por mais superficiais que
pareçam é a parte mais importante de minha formação, na lógica, na cidadania,
nas habilidades manuais e no respeito aos iguais.
Devo muito
a esta escola. Tenho saudades.
Tive muitos
professores, amigo e tutores.
Duvido
muito que alguns deles ainda vivam.
Mas engano
meu pensar assim.
Eles vivem
pelo que passaram para mim.
Eles vivem
dentro de mim.
Obrigado
meus professores.
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos aqui constantes
forada dm em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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