A
turma de meio-primos e amigos na granja era grande o que proporcionava muita
atividade.
Apesar
da diferença grande de idade dessa turma, e por ter restrições físicas,
estávamos distante do convívio de outros condomínios, tínhamos uma harmonia
grupal. Reunidos chagávamos a uns quinze.
Muitos
dos mais velhos tinham atividades responsáveis durante o dia, más a noite eram
comuns reuniões, na varanda, para ouvir música e bater papo.
Foi
nesta época que aprendi a andar de bicicleta. Foi na bicicleta do Stanley e em
sua casa. Um quintal quadrado, onde várias voltas depois eu achei que já sabia
tudo sobre andar de bicicleta.
Coloquei-a na descida da entrada principal, subi
com se fosse o “AS da bike” e comecei a pedalar, bastaram cinco peladas para
alcançar uma velocidade que me fez congelar.
A única atitude foi abrir as
pernas para equilibrar, pois com a velocidade criou-se uma instabilidade que me
fazia em zig-zag.
Freio?
Nem lembrei o que era freio.
O
importante era não cair.
Desci
por uns 150 metros on um curva começava. Curva essa que não consegui fazer,
tamanha era a velocidade e a quantidade de zig-zag que ainda fazia.
Entrei
com tudo nas tábuas do cercado.
Algumas
quebraram outras eu passei por cima.
Não
me machuquei nada. Caí em algo macio que amorteceu completamente a queda de
metro ou metro e meio de altura.
O
macio que me referi era uma mistura fedida de lama, resto de comida e esterco
de porco. Isso mesmo bosta. Caí de cara no chiqueiro.
Todo
sujo, fedendo e a “porcaiada” toda chegando perto para saber o que era a
novidade que jogaram pra eles.
Fui
correndo para casa e mesmo depois do terceiro banho seguido, ainda achava que
não estava limpo.
Hoje,
além de saber andar de bicicleta, ainda tenho essa gostosa lembrança.
Passaram
as festas de fim de ano, começaram as aulas. Meu primeiro ano de escola. Após o
almoço a perua Kombi da granja levava cerca de oito ou dez crianças para a
escola que era pouco distante.
No
final da tarde o “bando” de crianças voltava. Quando era aberta a porta da
perua a criançada saia em disparada.
Duas vezes por semana tínhamos um
professor de natação, exclusivo, para aulas na Piscina. Como a piscina ficava
lá em cima e eu era o primeiro a chegar no armazém, onde á nossa espera estava
o Atílio, nosso professor, eu aproveitava a carona de lambreta para a subida.
No
meio do ano mudamos, foi uma pena, pois o tempo que ficamos lá foi muito
divertido.
Andar
á cavalo, pular de cima do telhado com guarda-chuvas com se fosse paraquedas,
escorregar nos morros sentado em
papelão, esconde-esconde, pega-pega, polícia e ladrão, atividades
aquáticas, brincar com os bichos, colher frutas e outras atividades que surgiam
nos deixavam atarefados e felizes, dia e noite.
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos e fotos aqui
constantes foram em parte ou todos coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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