Como
os franceses não conseguiram terminar o Canal, a vez agora estava nas mãos dos
americanos.
O presidente dos Estados Unidos(USA) Theodore Roosevelt estava convencido
de que os Estados Unidos podiam terminar o projeto, e reconheceu que o controle
norte americano da passagem do Atlântico ao Pacífico seria de uma importância
militar e econômica considerável.
O Panamá fazia então parte da Colômbia, de modo que Roosevelt
começou as negociações com os colombianos para obter a permissão necessária. No
início de 1903, o tratado
Hay-Herran foi assinado pelos
dois países, mas o Senado colombiano não o ratificou. No que foi então, e ainda
hoje é, um movimento polêmico, Roosevelt deu a entender aos rebeldes panamenhos
que, se eles se revoltassem contra a Colômbia, a marinha norte americana
apoiaria a causa de independência panamenha. O Panamá acabou por proclamar sua
independência em 3 de Novembro de 1903,
e a canhoneira U.S.S. Nashville, em águas panamenhas, impediu toda e qualquer
interferência colombiana.
Quando as lutas começaram, Roosevelt ordenou à Marinha norte
americana estacionar navios de guerra perto da costa panamenha para
"exercícios de treinamento". Muitos argumentam que o medo de uma
guerra contra os Estados Unidos obrigou os colombianos a evitarem uma oposição
séria ao movimento de independência. Os panamenhos vitoriosos devolveram o
favor a Roosevelt permitindo aos Estados Unidos o controle da Zona do canal do Panamá em 23 de Fevereiro de 1904 por US$ 10 milhões (como
previsto no Tratado Hay-Bunau-Varilla,
assinado em 18 de Novembro de
1903) e de uma renda anual de 250 mil dólares a partir de 1913 (Em 1977 os termos do tratado
foram revistos, e o Panamá passou a controlar o canal a partir de 31 de
Dezembro de 1999.)
O primeiro engenheiro-chefe do projeto foi John Findlay Wallave. Prejudicado
pelas doenças e pela escassa organização, sem condições de trabalho, acabou por
se demitir após um ano.
O segundo engenheiro-chefe, John Stevens, optou pela construção de
um canal com eclusas, propondo-se a controlar o curso do rio Chagres por meio
de um aterro de grandes dimensões, formando uma barragem em Gatún. O lago
artificial assim formado não apenas forneceria a água e a energia elétrica
necessários à operação das eclusas, como também constituiria uma via líquida,
que cobriria um terço da distância no istmo. Stevens conseguiu construir a
maior parte da infraestrutura necessária para as obras, incluindo a construção
de casas para os trabalhadores, a reconstrução da ferrovia do Panamá destinada
ao transporte de carga pesada e o projeto de um método eficiente de remoção de
entulho decorrente do desmonte de rochas pela ferrovia. Viria a demitir-se, por
sua vez, em 1907.
Nesta etapa, o grande sucesso dos EUA foi a erradicação
do mosquito transmissor da
febre amarela, que havia vitimado cerca de vinte mil trabalhadores franceses.
Com base nos trabalhos do médico cubano Juan Carlos Finlay, Walter Reed havia descoberto em
Cuba, durante a Guerra Hispano-Amaricana,
que a doença era transmitida por mosquitos. Desse modo, as novas medidas
sanitárias introduzidas pelo Dr.Willian C. Gorgas eliminaram a febre amarela em 1905 e melhoraram as condições de
higiene e trabalho.
O terceiro e último engenheiro-chefe
foi o coronel Geroge Washington Goethals.
Sob a sua direção, os trabalhos de engenharia foram divididos entre a
construção de represas, de eclusas e de lagos em ambos os lados, e o grande
trabalho de escavação através da falha continental em Culebra (Passo de
Culebra, hoje conhecido como Falha de
Gaillard).
Após dez anos de trabalho e da escavação de um volume de material quase quatro vezes maior do que o inicialmente projetado, o canal foi finalmente concluído a 10 de Outubro de 1913, com a presença do presidente norte Americano Woodrow Wilson, que naquela data apertou o botão para a explosão do dique de Gamboa. Diversos trabalhadores das Índias Ocidentais trabalharam no canal, e a sua mortalidade oficial elevou-se a 5.609 mortos.
Concluídas
as obras complementares, quando o canal entrou finalmente em atividade, a 15 de Agosto de 1914, constituía-se
numa maravilha tecnológica. A complexa série de eclusas permitia até mesmo a
passagem dos maiores navios de sua época. O canal foi um triunfo estratégico e
militar importantíssimo para os Estados Unidos, e revolucionou os padrões de transporte marítimo.
Os USA usaram o canal durante a Segunda Guerra Mundial para
revitalizar sua frota militar devastada no Pacífico,
após o ataque a Pearl Harbour em
7 de dezembro de 1941. Alguns dos maiores navios que os USA tiveram que enviar
pelo canal foram porta-aviões, em particular o USS Essex. Estes eram tão largos que,
apesar de as eclusas poderem contê-los, os postes de luz que ladeiam o canal
tiveram que ser removidos para que pudessem passar. Atualmente, os maiores
navios que podem atravessar o canal são conhecidos como Panamax.
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos aqui constantes
forada dm em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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