(Por se tratar de um exercício mental, deixarei de
colocar fotos)
Uma pele úmida pelo calor do próprio corpo, arrepios
que correm sua coluna. Pelos diminutos que parecem quere expelir-se de tão arrepiados.
Sensações, que ao se experimentar perde-se o controle.
O aroma, que cada vez mais forte toma conta do
ambiente, mais estimula estas sensações, que por sua vez mais exalam o mesmo
aroma, que as fizeram sentir.
Os olhos que não mais veem o que existe e forçam o cérebro
a mostrar o que ali não está, reviram e voltam, e tornam a virar na busca continua
do que ninguém jamais saberá.
As mãos caminham por todo do corpo desnudo, ora frio
ora quente e úmido em uma repetição de gestos que a razão não explica.
Um aumento de salivação faz com que o engolir fique
mais difícil quando o contrário seria o mais lógico.
Que lógica?
Contrações espontâneas fazem um pedalar das pernas
na busca de pedais que jamais existiram, e os quadris á dançar uma música
alucinante que ninguém pode ouvir.
Os sons, ah,
os sons...
Sons que só sua cabeça ouve e o mais perspicaz
ouvinte achará que tem algum problema auditivo. Sua cabeça a milhão, falará,
verá, viajará.
Seu corpo acompanhará sua mente na mais fascinante das viagens á
bordo da nave que ainda há de existir, nem que seja em seus mais profundos
sonhos.
Sua boca tentará fugir das mordiscadas dos dentes
que em febre desenfreada estarão a procura de carne, seja a rápida e incansável
língua, sejam lábios carnudos e tensionados por pressionar um contra o outro.
O aumento do suor percorre o rígido corpo que cada
vez mais se contorce imitando uma serpente na tentativa de envolver sua presa.
O hálito muda e a respiração muda, o movimento muda
e o mundo todo muda a sua volta.
Numa explosão de cores, ruídos e odores o mundo
volta a movimentar-se de forma tão rápida quanto seu pensamento.
O mundo agora se movimenta de maneira diferente,
maior, mais claro, mais vibrante.
Toda a energia do seu corpo agora faz parte de um
universo que não deixa dúvidas quanto a sua existência celestial.
E aí, ele para. O mundo para.
Em instantes todo aquele barulho silencioso se
acalma, toda aquela luz multicoloria adquire um único tom, todo aquele odor
volta a ter um aroma já conhecido de coisas normais e naturais, e o encanto
dissipa como nunca tivera existido.
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Á Os textos aqui constantes
forada dm em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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