29/02/2012

Sedução


(Por se tratar de um exercício mental, deixarei de colocar fotos)

Uma pele úmida pelo calor do próprio corpo, arrepios que correm sua coluna. Pelos diminutos que parecem quere expelir-se de tão arrepiados.

Sensações, que ao se experimentar perde-se o controle.

O aroma, que cada vez mais forte toma conta do ambiente, mais estimula estas sensações, que por sua vez mais exalam o mesmo aroma, que as fizeram sentir.

Os olhos que não mais veem o que existe e forçam o cérebro a mostrar o que ali não está, reviram e voltam, e tornam a virar na busca continua do que ninguém jamais saberá.

As mãos caminham por todo do corpo desnudo, ora frio ora quente e úmido em uma repetição de gestos que a razão não explica.

Um aumento de salivação faz com que o engolir fique mais difícil quando o contrário seria o mais lógico.

Que lógica?

Contrações espontâneas fazem um pedalar das pernas na busca de pedais que jamais existiram, e os quadris á dançar uma música alucinante que ninguém pode ouvir.

Os sons, ah, os sons...

Sons que só sua cabeça ouve e o mais perspicaz ouvinte achará que tem algum problema auditivo. Sua cabeça a milhão, falará, verá, viajará. 

Seu corpo acompanhará sua mente na mais fascinante das viagens á bordo da nave que ainda há de existir, nem que seja em seus mais profundos sonhos.

Sua boca tentará fugir das mordiscadas dos dentes que em febre desenfreada estarão a procura de carne, seja a rápida e incansável língua, sejam lábios carnudos e tensionados por pressionar um contra o outro.

O aumento do suor percorre o rígido corpo que cada vez mais se contorce imitando uma serpente na tentativa de envolver sua presa.

O hálito muda e a respiração muda, o movimento muda e o mundo todo muda a sua volta.

Numa explosão de cores, ruídos e odores o mundo volta a movimentar-se de forma tão rápida quanto seu pensamento.

O mundo agora se movimenta de maneira diferente, maior, mais claro, mais vibrante.

Toda a energia do seu corpo agora faz parte de um universo que não deixa dúvidas quanto a sua existência celestial.

E aí, ele para. O mundo para.

Em instantes todo aquele barulho silencioso se acalma, toda aquela luz multicoloria adquire um único tom, todo aquele odor volta a ter um aroma já conhecido de coisas normais e naturais, e o encanto dissipa como nunca tivera existido.



“Não use drogas, a vida é uma viagem”

Á Os textos aqui constantes forada dm em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/         

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